segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Parábola da pedra

Devemos enfrentar o caminho do Evangelho sem esperar as recompensas visíveis, mas com os olhos fitados no "autor e consumador de nossa fé".

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

PERSEVERANDO ATÉ A VINDA DO SENHOR –
SINAL DE MATURIDADE CRISTÃ

TIAGO 5. 7-12

Tiago, ao fim de sua carta, trata da mesma questão do inicio da mesma (Tg. 1.1-5): PERSEVERANÇA.
Somente a volta de Jesus Cristo redimirá completamente este mundo, fazendo com que a justiça de Deus impere plenamente. Enquanto isto cabe a humanidade viver com a expectativa da volta de Jesus.
Só que, a perseverança (paciência) que Tiago nos apresenta é fruto da ação das adversidades da vida (Tg. 1.2-3). Desta forma, entendemos que não devemos esperar “moleza” nesta vida, mas entender que as dificuldades são uma oportunidade de crescermos na vida.
Este “crescer” está inteiramente ligado ao estado de nosso relacionamento com Deus. Tiago apresenta a Sabedoria e a fé como instrumentos de crescimento Espiritual para o crente (Tg. 1.5-8; 2.14-18).
Mas, neste texto, Tiago apresenta esta nova visão da perseverança, com foco na volta de Cristo. Por que?

1) A visão escatológica é importantíssima para igreja
a. O alemão Jürgen Moltmann, afirma que:
i. Em Cristo é antecipado o futuro da ressurreição e da vida que Deus doa à humanidade;
ii. A ressurreição de Cristo é a validade das promessas precedentes que nos mostram as bases do futuro da humanidade.
iii. O sofrimento da cruz é a vitória do crucificado e antecipação e esperança para os sem-esperança, é antecipação e esperança na cruz do presente.
iv. Na ressurreição, o sofrimento humano, cruz, encontra sua esperança.
v. Propõe um sofrimento de Deus como forma de profundo envolvimento na paixão do mundo.
vi. A eclesiologia está a serviço da adveniente salvação do mundo e é como flecha lançada no mundo para indicar o futuro.
vii. A esperança cristã como força ativa, como protesto contra miséria, injustiça, pecado e morte.

A partir deste entendimento que a visão do futuro nos leva a agir no presente, Tiago apresenta três exemplos de personagens que souberam e sabem usufruir da perseverança em suas vidas.







2) Agricultor
· Nenhuma planta cresce da noite para o dia.
· Em Israel, eram necessários dois períodos de chuva (primeiras chuvas – outono e as últimas chuvas – primavera) para uma boa colheita.
· O que faz o agricultor esperar tanto é a sua recompensa: frutos. A colheita faz a espera valer a pena.
· Tiago nos apresenta como “agricultores espirituais” que necessitam de entender as estações da vida, suas dificuldades e benéficas, porque, se formos pacientes, receberemos a recompensa: frutos do espírito, salvação e vida eterna.
· Com o agricultor se aprende que, para colher, é necessário plantar e esperar.
· Assim, não é ficar de braços cruzados. Deve-se agir, mas tendo sempre em mente que quem dá o crescimento para sua obra é Deus.

3) Os Profetas
· Homens que fizeram a vontade de Deus e sofreram; pregavam em nome de Deus e foram perseguidos.
· Os sofrimentos destes homens eram decorrentes de sua fidelidade.
· Mas, em meio aos sofrimentos, Deus cuidava de suas necessidades.
o Ex.: Elias, Jeremias, Ezequiel, Daniel.
· Mas por que falar em nome de Deus e sofrer?
o O verdadeiro testemunho é dado em meio às tribulações;
o A verdadeira recompensa é celestial – Ap. 22.12: E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.

4) Jó
· Jó não sabia da conversa entre Deus e Satã.
· Perdeu todos os seus bens, filhos e saúde.
· Sua mulher o mandou amaldiçoar a Deus e cometer suicídio.
· Foi acusado de pecador e hipócrita por seus amigos.
· Quando clamou por respostas de Deus, recebeu do céu silêncio.
· Jó PERSEVEROU
o Questionou a Deus, mas não abriu mão de sua fé – Jó 13.15: Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo os meus caminhos defenderei diante dele.
o Jó estava tão certo da perfeição de Deus que continuou diante DELE mesmo sem entender o que Deus fazia. ISTO É PERSEVERANÇA.
· A provação de Jó deu-se início devido a uma oposição satânica, mas Deus se utilizou deste fim para trabalhar em Jó e abençoa-lo ainda mais.





5) O que fazer juramentos tem a ver com perseverança e sofrimento?
· Nas dificuldades, falamos demais.
· O caráter cristão deve ser manifestado em suas palavras.
· Viver o sim sim, não não.

6) CONCLUSÃO
· Tiago nos apresenta uma vida cristã real, sem fantasias.
· Uma vida onde as dificuldades são parte integrante, e são usadas por Deus para nosso aperfeiçoamento.
· Uma vida que deve ter o reino vindouro como alvo, e a vida atual como foco de ação.
· Uma vida cristã que tem como base a sabedoria, a fé ( que vem pela leitura bíblica e oração), e a ação.
· Uma vida que deve ser pautada pela PERSEVERANÇA, que é a marca dos cristãos genuínos.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Ciência confirma relato bíblico sobre o Êxodo

Segundo um documentário da televisão britânica BBC, os resultados de pesquisas científicas e os achados e estudos de egiptólogos e arqueólogos desmentem a afirmação de que o povo de Israel jamais esteve no Egito.
Contrariamente às teses de alguns teólogos, que afirmam que o livro de Êxodo só foi escrito entre o sétimo e o terceiro séculos antes de Cristo, os pesquisadores consideram perfeitamente possível que o próprio Moisés tenha relatado os fatos descritos em Êxodo - o trabalho escravo do povo hebreu no Egito, a divisão do Mar Vermelho e a peregrinação do povo pelo deserto do Sinai. Eles encontraram indícios de que hebreus radicados no Egito conheciam a escrita semita já no século 13 antes de Cristo. Moisés, que havia recebido uma educação muito abrangente na corte de Faraó, teria sido seu sábio de maior destaque. E isso teria dado a ele as condições para escrever o relato bíblico sobre a saída do Egito, conforme afirmou também um documentário do canal cultural franco-alemão ARTE.
Pragas bíblicas? Segundo o documentário, algumas inscrições encontradas em palácios reais egípcios e em uma mina, bem como a descrição detalhada da construção da cidade de Ramsés, edificada por volta de 1220 a.C. no delta do Nilo, comprovariam que os hebreus realmente viveram no Egito no século 13 antes de Cristo. A cidade de Ramsés só existiu por dois séculos e depois caiu no esquecimento, portanto, o relato só poderia vir de uma testemunha ocular. Também as dez pragas mencionadas na Bíblia, que forçaram Faraó a libertar o povo de Israel da escravidão, não poderiam ser, conforme os pesquisadores, uma invenção de algum escritor que viveu em Jerusalém cinco séculos depois.

Moisés recebeu a lei no monte Karkom

Do mesmo modo, o mistério do monte Horebe, onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos, parece que está começando a ser desvendado pela ciência. No monte Sinai, onde monges do cristianismo primitivo imaginavam ter ocorrido a revelação de Deus, os arqueólogos nunca encontraram qualquer vestígio da presença de 600.000 homens. Em contrapartida, porém, ao pé do monte Karkom, localizado na região fronteiriça egípcio-israelense, foram encontrados os restos de um grande acampamento, as ruínas de um altar e de doze colunas de pedra. Essa concordância com a descrição no livro de Êxodo (Êx. 24.4) provaria, segundo citação dos cientistas na BBC, que o povo de Israel realmente esteve por um certo tempo no deserto. (Idea Spektrum, 8/2000).
Não há dúvida de que os relatos bíblicos são corretos. Lemos no Salmo 119.160: "As tuas palavras são em tudo verdade desde o princípio, e cada um dos teus justos juízos dura para sempre." Nosso Senhor Jesus confirmou a veracidade de toda a Palavra de Deus ao orar: "Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade" (João 17.17). Nessa ocasião já existiam os escritos do Antigo Testamento, portanto, Jesus confirmou todo o Antigo Testamento, a partir do livro de Gênesis, como sendo a verdade divina. No Egito, Israel tornou-se um grande povo, exatamente como Deus havia prometido a Abraão séculos antes (Gn. 12.1-3).
Quando Israel ainda nem existia como nação, Deus já disse a Abraão: "Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas" (Gn. 15.13-14). Foi o que aconteceu com exatidão sob a liderança de Moisés alguns séculos mais tarde. Mas por que Israel foi conduzido para fora do Egito? Para tomar posse de uma terra que Deus lhe havia prometido, pois nessa terra deveria nascer como judeu o Salvador Jesus Cristo.
Hoje muitas pessoas não querem crer em Jesus e na sua obra de salvação, por isso colocam em dúvida a veracidade das histórias bíblicas, pois gostariam de interpretá-las de outra maneira. Mas ninguém o conseguiu até hoje, pois continuamente são encontradas novas provas que confirmam a exatidão dos relatos bíblicos. Como poderia ser diferente, se o texto original da Bíblia foi inspirado pelo próprio Deus?
Muitas falsas doutrinas, ideologias e teorias têm sua origem em uma postura contrária a Deus. Karl Marx e Friedrich Engels, por exemplo, odiavam tudo que dizia respeito a Deus. Charles Darwin também rejeitava a Deus. Ele desenvolveu a teoria da evolução porque tinha se afastado conscientemente de Deus. Evidentemente, quando se faz isso, precisa-se buscar uma nova explicação para tudo o que existe visivelmente. Mas o pensamento lógico já nos diz que aquilo que nossos olhos vêem não pode ter surgido por si mesmo.
Peter Moosleitner (que por muitos anos foi redator-chefe da popular revista científica alemã PM) acertou em cheio ao afirmar: "Tomemos a explosão inicial, talvez há 16 bilhões de anos--ali reinavam condições que conseguiam reunir, num espaço do tamanho da ponta de uma agulha, tudo o que forma o Universo. Então, esse ponto se expandiu. Segundo essa concepção, temos duas alternativas: (1) Paramos de perguntar pelas origens do Universo. (2) Se existe algo capaz de colocar o Universo inteiro na ponta de uma agulha, como poderei chamá-lo, a não ser de Deus?" Mas, na verdade Deus é infinitamente maior! Ele criou tudo a partir do nada, através de Sua Palavra, e isso não aconteceu há bilhões de anos, mas há cerca de 6000 anos atrás, em apenas seis dias. Hebreus 11.3 diz: "Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem."
A Palavra de Deus não é apenas absoluta verdade e absolutamente poderosa, ela também salva por toda a eternidade, concede vida eterna, livra do juízo, e vence até a própria morte. Jesus Cristo diz: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (João 5.24).
FONTE:
http://novo.lagoinha.com/engine.php?pag=art&secpai=19&sec=24&cat=186&art=2741

E OS LIBERAIS AINDA DUVIDAM DA HISTORICIDADE DAS ESCRITURAS. FALA SÉRIO!
VIVENDO COM SABEDORIA E FÉ

TIAGO 1.5-8; 2.14-18.

1) Quem era Tiago
è Provavelmente, irmão de Jesus;
è Principal líder da igreja de Jerusalém;
è Morto apedrejado pelo império Romano devido à vida e liderança cristã.

2) Características da carta de Tiago:
è A carta de Tiago é considerada o livro de Provérbios do NT, devido à ênfase em questões práticas da vivência cristã;
è Tiago escreve sobre a vida cristã, dividindo seu texto em três tópicos: nova vida, crescimento espiritual e maturidade cristã;
è A preocupação de Tiago era que a Igreja praticasse aquilo que tanto pregava (nada muito diferente dos dias atuais).

3) Por que Tiago escreve sua carta
è Eles estavam passando por duras provações;
è Estavam sendo tentados a pecar;
è Estavam sendo humilhados e roubados pelos mais ricos;
è Não estavam vivendo o que pregavam;
è Estavam se afastando do Senhor;
è Estavam em guerra uns com os outros.

Após uma explanação sobre a nova vida em Cristo, Tiago, dentre outras coisas, apresenta a necessidade de se viver uma vida cristã baseada em Sabedoria e Fé.




4) Sabedoria:
· De onde vem a Sabedoria?
i. 1.5 – a Sabedoria vem de Deus;
ii. É dada ao homem que pede (ora, com fé).
iii. A dúvida é um empecilho ao recebimento da Sabedoria.

· O que é Sabedoria para Tiago?
i. A sabedoria que Tiago vai colocar aqui é "aquilo que capacita o justo a perseverar nas provas".
ii. No mundo hebreu, a busca da sabedoria não estava em especular sobre conhecimentos universais ou naturais (como os filósofos gregos) porque o pensamento dos hebreus nunca foi especulativo nesse sentido, sempre foi moral. Eles criam num Deus pessoal que se manifestava aos homens mostrando seu querer.
iii. Descobri um conceito muito bom de sabedoria em um livro que eu li e que está escrito assim: "A percepção da vontade de Deus e do modo pela qual ela deve ser aplicada na vida é conferida a sabedoria". Então sabedoria "é a percepção da vontade de Deus e o modo pela qual ela ( a vontade de Deus) deve ser aplicada na vida". É esse tipo de sabedoria que Tiago tem em mente.

· Para que a vida cristã se desenvolva, é necessário buscar e usar da sabedoria que Deus nos dá, para aprendermos com as adversidades da vida.

· Só que, para recebermos Sabedoria, precisamos pedir com fé.



5) Fé
· O que é Fé?
i. Automaticamente, ligamos fé à crença, à crer, ou até usamos textos bíblicos, como Hebreus 11:1 – “Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”. Só que, biblicamente, o conceito de fé é muito maior que uma simples crença, que qualquer um pode ter.
ii. Tiago apresenta uma fé que não é conceitual, mas prática (v.14,18). A verdadeira fé deve demonstrar frutos. Que frutos são esses?
iii. A história cristã relata que a Reforma protestante tomou forma com Lutero a partir de um pequeno trecho do livro de Romanos que ele estudava (Rm. 1:17 – “Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela féhttp:// , como está escrito: "O justo viverá pela fé"). Esta fé, que Paulo fala e impactou Lutero seria apenas um estilo de vida crendo? Não, o termo bíblico fé vai além, não é simplesmente crença, mais fidelidade. O Justo viveria pela sua fidelidade. Fidelidade fala de compromisso, de vida com Deus.
iv. Tiago então, fala que aquele que quer ter sabedoria, peça a Deus com fidelidade de vida. Devemos Ter fidelidade para com Deus, uma vida na presença de Deus. Para alcançarmos essa percepção da vontade de Deus, é necessário “relacionamento com Deus”.
v. Este relacionamento com Deus vem através de dois atos: Oração e estudo das Escrituras:
1. Um dos ensinos de Cristo é o relativo a Oração. A Oração é o elo mais profundo de ligação entre o homem e o Criador. É o momento do diálogo, aonde nos revelamos a Deus e Ele se revela a nós. A vida de oração deve ser uma constante em nós, pois, o próprio Apóstolo Paulo adverte, na primeira carta aos Tessalonicenses 5:17 - “Orem continuamente”.
2. Rm. 10:17 – “Consequentemente, a fé vem por se ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo.” A fidelidade, o relacionamento com Cristo só vem pelo ouvir a Palavra de Deus. Quando se fala de ouvir, não é simplesmente escutar sermões, mas praticá-los (em Hebraico, ouvir –Shemá- significa escutar e praticar).

6) CONCLUSÃO

A sabedoria só vem através da prática de vida cristã; só seremos pessoas sábias a partir do momento que praticarmos os ensinamentos de Cristo. Só teremos fé a partir do momento em que nos esforçamos na leitura das Escrituras e na oração.
Só experimentaremos um crescimento espiritual quando vivermos com Sabedoria e Fé.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

TRANFORMANDO PROVAÇÕES EM TRIUNFOS

TIAGO 1.1-4

1) Quem era Tiago
è Provavelmente, irmão de Jesus;
è Principal líder da igreja de Jerusalém;
è Morto apedrejado pelo império Romano devido à vida e liderança cristã.

2) Características da carta de Tiago:
è A carta de Tiago é considerada o livro de Provérbios do NT, devido à ênfase em questões práticas da vivência cristã;
è Tiago escreve sobre a vida cristã, dividindo seu texto em três tópicos: nova vida, crescimento espiritual e maturidade cristã;
è A preocupação de Tiago era que a Igreja praticasse aquilo que tanto pregava (nada muito diferente dos dias atuais).

3) Por que Tiago escreve sua carta
è Eles estavam passando por duras provações;
è Estavam sendo tentados a pecar;
è Estavam sendo humilhados e roubados pelos mais ricos;
è Não estavam vivendo o que pregavam;
è Estavam se afastando do Senhor;
è Estavam em guerra uns com os outros.

Devidos a estes problemas, Tiago escreve sobre todo percurso da vida cristã, para que seus ouvintes entendessem a realidade da nova vida em Cristo.
De início, Tiago discorre sobre a nova vida:



ü 1.1 – De incrédulo a servo de Cristo:
o Tiago, como seus outros irmãos não acreditaram primeiramente em Jesus (Jo. 7.5);
o Após a ressurreição, Jesus aparece a Tiago (1 Co. 15.7). Este se converte e se torna líder da Igreja Primitiva, chamado por Paulo de “Coluna da Igreja” (Gl. 1.19), líder do Concílio de Jerusalém (At. 15).
o De incrédulo a crente; de crente a líder; de líder a servo de Cristo.
§ Ele se apresenta como servo (escravo – doulos, obediente, humilde e leal).
o Ele se transforma em um homem humilde de espírito (esta é a ação do Evangelho na vida do Crente).
§ Charles Spurgeon – Deus não deseja nada de nós, exceto nossas próprias necessidades.
§ Não é o que temos, mas o que não temos que nos aproxima de Deus.

ü 1.1 - Somos um novo homem, mais não isentos de aflições (... às doze tribos que se encontram na Dispersão...). Relacionar o texto às doze tribos fala:
o Cristãos que viviam em todo império romano e eram perseguidos pelo império;
o Crentes perseguidos, pobres, roubados pelo império, oprimidos pelos ricos, sofredores.
o Vida cristã não é um campo de flores, mas um campo de batalha;
o Nós não somos poupados dos problemas, mas livres nos problemas;

Assim, precisamos aprender como transformar as adversidades da vida em trampolim para vitórias.


ü 1.2-4 – Transformando tribulações em triunfos:
o Tiago nos ensina quatro verdades sobre as provações:
§ As provações são compatíveis com a vida cristã (v. 2)
· Deus nos adverte a esperar pelas provações:
o Jo. 16.33 – no mundo tereis aflições;
o At.14.22 – por muitas tribulações nos é necessário entrar no reino de Deus;
o 2 Tm. 3.12 - Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.
· Somos peregrinos neste mundo. Por isso, as adversidades são instrumentos de aperfeiçoamento da vida cristã.
· As adversidades vêm devido a escolhas erradas.
· As adversidades vêm porque somos cristãos.
· As adversidades vêm para manifestação da glória de Deus.
§ As provações são variadas (v. 2)
· Existem vários tipos de provações (palavra no original se refere a múltiplas cores)
· Da mesma forma, a graça de Deus também é variada: (2 Pe 4.10 - Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas [NVI]).
o A mesma palavra no original usada para “diversas provações” é também usada para múltipla graça de Deus.
o A graça de Deus é do tamanho das nossas dificuldades.
§ As provações são passageiras (v. 2)
· As provas não duram a vida inteira;
· Não devemos ficar parados nas dificuldades, elas existem para serem vencidas por nós.
§ As provações são pedagógicas (vs. 3-4).
· Nas provações da vida, nossa fé é testada para mostrar sua genuinidade.
· Fé neste texto está relacionada a FIDELIDADE para com o Evangelho.
· Deus nos prova para produzir o melhor em nós.
· A perseverança é fruto das adversidades da vida.
o 2 Co 4.17 - Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação.
· A perseverança é um sinal da maturidade cristã, conforme Rm. 5.3-5 - E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.

ü O que fazer então
o Manifestar alegria (v. 2)
§ Alegria é a manifestação da plena confiança de que o que estamos passando vem de Deus, é passageiro, e nos transformará em pessoas melhores.
§ Nosso desafio é usar as dificuldades como esteio de nossas vitórias.
CRISTO: SACRIFÍCIO EFICAZ E SUAS CONSEQÜÊNCIAS

TEXTO: HEBREUS 10:1-25


Introdução:

Ø Hebreus:
ü Não se sabe quem escreveu;
ü É mais um sermão do que uma carta;
ü Pode ser divido em – doutrina e exortação;
ü Seu principal tema é uma nova interpretação do culto, baseada no sacerdócio/sacrifício de Cristo.

Ø Assim, Jesus foi o instrumento no qual Deus falou ao mundo, através de suas ações:
ü vida
ü Morte/ressurreição

Ø Jesus é apresentado como sumo sacerdote supremo (da ordem de Melquizedeque – Hb. 7) e como sacrifício eficaz (hb. 10).

Ø SACRIFÍCIO: Ação Ritual que influencia no mundo espiritual, trazendo benefício a quem o pratica.
ü O sacrifício era o meio de se obter perdão;
ü Por isso, se comparou a morte de Cristo ao sacrifício.

Ø Assim, analisemos este texto de hebreus para entendermos melhor este conceito de sacrifício.

1) Crítica a lei (v. 1-4)
Ø Sacrifício antigo como símbolo: figura de algo maior;
Ø Ineficaz: todo ano, necessidade de novo sacrifício;
Ø Esta ação mecânica mais lembrava o pecado do que o espiava;
Ø Os sacrifícios se tornaram um fim em si mesmo, assim, tornaram-se inúteis.

2) Verdadeiro Sacrifício (v. 5-9)
Ø Cristo se dá como único e verdadeiro sacrifício;
Ø Não só isso, também nega os sacrifícios anteriores como válidos a partir daquele momento, e se coloca como verdadeiro mediador entre Deus e os homens;
Ø Cristo se torna instrumento de purificação.

3) Obra de Cristo (v. 10-14)
Ø Santificação: Processo de separação com fim a uma utilização. Ser santo implica em ser separado para Deus. Esta separação, antes de qualquer outra coisa, visa à manifestação do amor de Deus ao homem;
Ø Um único sacrifício: a obra de Cristo foi perfeita. Uma única ação cumpriu seu propósito, venceu seus inimigos. O pleno sacrifício já foi feito a mais de 2.000 atrás.
Ø Aperfeiçoar os santificados: Cristo não só separa, mas transforma.
ü Aperfeiçoar significa tornar como o perfeito. A obra de Cristo nos torna semelhante a Ele.
ü O sacerdote, anualmente, fazia o sacrifício para poder adentrar na presença de Deus, como o sangue em suas mãos, para aspergir sobre o propiciatório.
ü Cristo (quando se solidariza com o ser humano, vindo como homem) se entrega, tornando-se sacrifício não só por si, mas para toda humanidade.

4) Conseqüência desta obra (v. 15-18):
Ø Aliança: relação inter-pessoal, intimista, de dentro para fora.
Ø Perdão definitivo: Deus não tratou os sintomas, mas a verdadeira causa.
Ø Não é necessário mais nenhum sacrifício.

5) Propósito final - Restauração da condição inicial: pleno acesso a Deus e aos homens (v. 19-25)
Ø A obra de Cristo transporta o homem de uma condição caída para uma nova vida, onde Deus não mais um ser escondido, mas o verdadeiro amigo;
Ø Nossa relação com Deus deixa de ser mecânica, e passa a ser verdadeira;
Ø Esta relação com Deus nos impulsiona a nos relacionarmos da mesma maneira com nosso semelhante.
Ø O sacrifício de Cristo nos traz o verdadeiro sentido de vida, de relação com Deus, de relação com o outro, de adoração, de igreja.

6) CONCLUSÃO
Ø Cristo já pagou o preço por nós;
Ø Não há nada que façamos que possa pagar algo que já foi pago;
Ø Nossa decisão é a de aceitar o pagamento de Cristo e viver esta nova vida que ele nos dispõe;
Ø Entender o sacrifício de Cristo nos coloca debaixo de seu jugo suave;
Ø Viver a nova vida em Cristo nos aproxima de Deus e os outros;
Ø Deixemos esta vida utilitarista, pragmática, sempre em busca de utilidade e valor de consumo e passemos para uma vida relacional, com Deus e com os outros.
Ø Pensemos: “O que buscamos, quando buscamos a Deus?”.
Ø Deixemos de buscar, e passemos a viver.
Vocação, Espiritualidade e Chamado: Princípios de uma vida cristã equilibrada


Texto: Jr. 1:4-10

Jeremias teve um ministério totalmente diferente de tudo aquilo que pensamos ser um ministério profícuo.
Jeremias, filho de sacerdote, ministrou durante mais de 40 anos profecias sobre Israel, e não foi ouvido.
Passou por todo tipo de perseguição possível e imaginável, mas nunca desistiu de seu propósito: Proferir os oráculos de Deus ao povo de Judá.
Passa sempre pela minha cabeça o que levava Jeremias a não desistir. Ele pregava, falava e o povo não ouvia. O que motivou Jeremias a profetizar por mais de 20 anos sem fraquejar? O povo não se arrependeu. Então o ministério de Jeremias falhou? Se falhou, por que Jeremias não desistiu?
A partir deste texto da chamada de Jeremias, podemos entender quais eram as bases que equilibravam a vida de Jeremias.

1) Vocação: Chamado( v. 5) - Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi;;; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações.
O primeiro grande segredo de Jeremias era que ele tinha plena consciência de seu chamado.
Ele poderia não ter aceitado ser profeta, e seguido à linhagem sacerdotal de sua família, tendo todas as benécias que os sacerdotes tinham naquela época.
Mas não. Ele abdicou de tudo para seguir ao chamado do Senhor.
Somente uma consciência total do chamado que dá forças ao Cristão para enfrentar quaisquer tipos de problemas que possam afetar sua vida.
Jeremias sabia que tinha sido chamado a servir ás nações. Assim sendo, ele deixou tudo para trás, não olhou as circunstâncias, e partiu a cumprir a vontade de Deus, não importando as conseqüências que essas escolhas trariam.
Somente quando o Cristão tem certeza de seu chamado ele consegue enfrentar de frente as adversidades da vida.

2) Espiritualidade (v.8): Não tenha medo deles, pois eu estou com você para protegê-lo", diz o SENHOR.
O segundo conceito que chama a atenção na vida de Jeremias era o seu relacionamento com Deus.
Por piores que fossem as situações pelas quais ele passava, Jeremias dá sempre a entender que tinha Consciência da permanência da Presença de Deus consigo.
Sempre em diálogo com Deus, Jeremias só suportou tudo porque sabia que Deus estava com ele.
Quando Deus nos chama, ele sempre está conosco. Não é necessário arrepio, manifestações sobrenatural para enxergarmos a presença de Deus conosco. O próprio Cristo disse: “... E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mt. 28:20b).
Se Cristo disse que estaria conosco, ele está. E se ele está, isto faz toda a diferença, como fez na vida de Jeremias.
A certeza da presença constante do Todo-Poderoso em nossa caminhada faz com que nada nos impeça de cumprir seus propósitos, pois a garantia de vitória é certa.
Foi esta certeza da presença de Deus que fez com que Jeremias enfrentasse açoites, perseguições, tentativa de assassinato dentro da própria família, cisternas, dentre outras lutas, com a expectativa do livramento e conseqüente vitória, pois aquele que era maior do que tudo e todos estava com ele.

3) Missão (v. 9,10): O SENHOR estendeu a mão, tocou a minha boca e disse-me: "Agora ponho em sua boca as minhas palavras. Veja! Eu hoje dou a você autoridade sobre nações e reinos, para arrancar, despedaçar, arruinar e destruir; para edificar e plantar".

Após a plena certeza do chamado e presença do Senhor, Jeremias sabia que Deuso chamada para algo.
Não somos chamados simplesmente para estarmos na igreja. Não somos chamados só para receber. Somos primeiramente chamados a dar de nós mesmos aos outros.
Jeremias, como profeta, encarnava em sua vida a mensagem de Deus. Deixou família, amigos, futura esposa, sonhos, para cumprir o chamado de Deus. Deu sua vida como mensagem viva ao povo de Judá.
E não só isto. Analisando a que Deus chamou Jeremias, encontramos um conceito importantíssimo para nossa caminhada cristã.
Deus chama Jeremias a: arrancar, despedaçar, arruinar e destruir; para edificar e plantar. Quatro verbos negativos e dois positivos.
A grande missão nos dias de hoje é derribar tudo aquilo que foi construído de errado na vida de muitos, e edificar e plantar sementes que produzam frutos eternos.
Destruir é até fácil. Muitos fazem isto. O difícil é edificar e plantar. E como Deus comissionou Jeremias a esta obra, destruir tudo e plantar uma nova semente, Deus nos chama hoje, homens e mulheres conscientes do chamado e presença de Deus para destruirmos tudo aquilo que o mundo, o diabo, os sistemas sociais tem implantado de negativo nas pessoas, e para edificarmos e plantarmos a verdadeira mensagem de Cristo, uma semente que produz frutos eternos, nas vidas tão carentes que permeiam nossa sociedade.

Assim, Deus nos dá a oportunidade de participarmos de seu projeto à humanidade.
Mas, para isso acontecer, a primeira coisa que precisamos saber é sobre o nosso chamado.
A partir daí, nutrir uma verdadeira espiritualidade para podermos cumprir a Missão de Deus em nós.
Não será nada fácil, mas com certeza, gratificante.
Por que não começarmos hoje?
O Amor como Comportamento Cristão

1° Co. 13:4-8.

(NVI) O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca falha.

Para iniciar este sermão, far-se-á uma breve definição da palavra amor neste texto.

Várias palavras são usadas no grego para descrever o amor: Eros (desejo ardente, paixão), phileo (fraternidade, amor recíproco), storgé (afeição).
Mas neste texto bíblico a palavra usada é Ágape (amor incondicional, não exige nada em troca, baseado no comportamento com os outros).
A partir da definição do texto lido, procuremos entender mais sobre o amor.

A partir destes textos bíblicos, pode-se tirar algumas palavras como características do amor:
Paciência;
Bondade;
Humildade;
Respeito;
Abnegação;
Perdão;
Honestidade;
Compromisso.

Todos estes conceitos são comportamentos e não sentimentos. Analisemos todos individualmente:

1) Paciência: Mostrar autocontrole.

2) Bondade: dar atenção, apreciação, incentivo.
- Não é ouvir seletivamente, com pré-julgamentos, mas ouvir e analisar a fala a partir da perspectiva do falante e não do ouvinte.
- Pesquisas comprovam que uma pessoa gasta 65% de seu tempo ouvindo, 20% falando, 9% lendo e 6% escrevendo.
- Prestar atenção às pessoas é uma necessidade humana legítima.
- Valorizar as coisas boas que as pessoas fazem. Receber elogios é uma necessidade humana. Mas, o elogio deve ser sincero e específico.

3) Humildade: ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou arrogância.
- Ser humilde é ser real e autêntico com as pessoas e descartar as máscaras falsas.

4) Respeito: tratar as pessoas como se fossem importantes.
- Ter comportamentos positivos com todos, não importando seu status social.

5) Abnegação: satisfazer as necessidades dos outros.
- O oposto da abnegação é o egoísmo;
- Satisfazer as necessidades dos outros, mesmo que isso implique em sacrificar a si mesmo.
- Lembre-se: satisfazer as necessidades e não as vontades.

6) Perdão: Desistir de ressentimento quando enganado.
- As pessoas não são perfeitas e de uma maneira ou de outra agredirão você.
- Perdoar é lidar de modo afirmativo com as situações que aparecem e depois desapegar-se de qualquer resquício de ressentimento.
- Ressentimento consome sua energia e te torna ineficiente.

7) Honestidade: Livre de engano.
- Isento de engano e dedicado a verdade a todo custo.

8) Compromisso: ater-se(sustentar) as suas escolhas.
- Comprometer-se com os compromissos feitos na vida.
- Existe uma diferença entre envolvimento e comprometimento (Ex.: Ovos c/ Bacon).
- O verdadeiro compromisso envolve o crescimento do indivíduo e do grupo, junto com o aperfeiçoamento constante.

Concluindo, amar não é como você se sente em relação aos outros, mas como se comporta em relação aos outros.

Baseado no livro HUNTER, J.C.O monge e o Executivo:Uma história sobre a essência da liderança. 14ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2004. 139p.
O NOME DE DEUS

Texto Bíblico: Ex. 3.1-22

Moisés com seu sogro Jetro;
Vai apascentar rebanhos nos Sinai (Horebe) – Sinai significa rochedo ; Horebe significa seco, deserto.
O Sinai é formado por uma cadeia de rochas altíssimas, que criam grandes vales entre as montanhas. Assim, qualquer barulhinho ecoava e formava altíssimos sons. Os antigos diziam que estes sons eram de deuses caídos que estavam presos entres as rochas do Sinai.
Estes deuses, diziam eles, se manifestavam através do fogo, entre os vales e nas cavernas.
Naquela região, existiam pequenos ribeiros chamados wadis, rios sazonais, que apareciam na época das águas e desapareciam na seca.
Assim, pequenos arbustos cresciam à beira desses rios e secaram com sua seca. Devido ao forte calor, estes arbustos secos se queimavam.
Por isso, quando Moisés vê o arbusto queimando, não se assusta. O que deixa intrigado é que o mesmo não se consumia.
Quando ouviu a voz, não temeu, devido à crença da manifestação de deuses naquela região.
Moisés só cai em si quando ouve a voz falar de seus antepassados. Nesta hora, Moisés entende que falava alguém importante.
Deus se revela através de seu nome.

1) O nome demonstra a essência

“Entre os povos primitivos e do antigo oriente, o nome denota a essência de algo: chamar algo pelo nome é conhecê-lo e, por conseguinte, possuir poder sobre ele”.
A essência total da pessoa concentrava-se em seu nome.
O nome de um deus no mundo antigo encerrava poder e podia ser perigoso ou beneficente. Assim, era importante conhecer o nome do deus.


2) A invocação do nome

No AT, era necessário invocar o nome de Javé para aproximar-se dele (Sl. 3.1; 6.1; 7.1; 8.1; 12.1). No próprio NT, a invocação do nome era importante, como Cristo ensinou aos seus discípulos: “Pai nosso [...] santificado seja o teu nome (Mt. 6.9).
Quando Deus tomou a iniciativa de revelar-se, começou pronunciando o próprio nome: “Eu sou Javé” (Ex. 6.2 – “Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o Senhor”; 20.1; 34.5-6 Gn. 35.11;).
Israel considerava o nome de Javé santo e insistia que ele não devia ser profanado (Lv. 22.2 – “Dize a Arão e aos seus filhos que se abstenham das coisas sagradas, dedicadas a mim pelos filhos de Israel, para que não profanem o meu santo nome. Eu sou o Senhor.”)
O nome de Javé substituía o próprio Deus, representando toda sua presença santa.

3) Significado e a importância do nome do Deus de Israel

O nome Javé parece vir de um verbo hebraico, hayah, ser, tornar-se. Assim temos algumas explicações para o nome de Deus:
Eu sou;
Aquele que é;
Aquele que está;
“Eu sou aquele que está para vós – presente de modo real e verdadeiro, pronto para ajudar e agir”[1].

A partir daí, pode-se entender que Javé estava dando segurança a Moisés ao afirmar “Estou contigo”. Pela revelação de seu nome, Javé (Eu Sou, ou Eu Serei) Deus estava prometendo sua presença a Moisés. Deus estaria com ele. Na grande comissão, Jesus prometeu estar com os discípulos sempre, até o fim dos tempos (Mt. 28.20).
Is. 7:14 – Imanu – El (Deus conosco; Deus junto de; Deus acompanhado a).
O propósito aqui é de Deus revelar a sua ação, nem tanto a sua essência, que não ficava presa ao seu título, mas aos seus atos.

4) O nome de Deus e sua presença

O nome de Deus representa sua essência, presença e poder. Talvez essa seja o motivo pelo qual o nome Javé ocorre com tanta freqüência (cerca de 6.700 vezes) no AT, enquanto Elohim ocorre 2.500 vezes.
Javé era o nome a ser cultuado.

5) Conclusão

A revelar seu nome a Moisés, e por sua vez a Israel, Deus escolhe ser descrito como “individuo”. Javé é pessoal, relaciona-se ao passado, presente e futuro.

· Deus, mostrando seu nome, deixa de ser um conceito e passa a ser alguém que anda com o homem;
· Ele está ao nosso lado.
· Como hoje poderíamos chamar o Deus que conhecemos?

[1] LASOR; HUBBARD, BUSH. Êxodo: a mensagem. In.: ______. Introdução ao Antigo Testamento. 2.ed São Paulo; Vida Nova, 2003. p. 72
PODER & AUTORIDADE

“Quando Jesus acabou de dizer essas coisas, as multidões estavam maravilhadas com o seu ensino, porque ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei.”

Mt. 7:28,29

Chegando à sua cidade, começou a ensinar o povo na sinagoga. Todos ficaram admirados e perguntavam: "De onde lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos?”.
Mt 13:54


Poder e autoridade são dois termos desejados e muitas vezes não entendidos que permeiam toda a Bíblia.
Quantos de nós desejamos poder? Quantos de nós desejam autoridade?
Mas será que realmente sabemos o que é autoridade e o que é poder?
A partir deste problema, estudaremos um pouco sobre o conceito de autoridade e poder que se pode retirar das Escrituras.

1) PODER

1.1) O que é poder?
No dicionário, poder significa: Dispor de força; possuir força física ou moral; ter possibilidade; ter a faculdade (Direito concedido).
No fundo, poder significa: “a faculdade de forçar ou coagir alguém a fazer sua vontade, por causa de sua posição ou força, mesmo que a pessoa preferisse não fazer”.

1.2) Qualidades do Poder
- O poderoso manda; o menos poderoso obedece;
- O poder está vinculado a uma posição superior;
- O poder está condicionado a uma força maior.
- O poder é repreensivo: dá ordens e corrige os desobedientes.
- O poder pode ser vendido, comprado;
- O poder é passageiro

1.3) O que é necessário para se ter poder?
- Força;
- Direito concedido (outros concedem).


2) AUTORIDADE

1.1) O que é autoridade?
Dicionário: Influência, prestígio, pessoa que tem grande competência em um assunto.
Resumindo, autoridade é a habilidade de levar as pessoas a fazerem de boa vontade o que você quer por causa de sua influência pessoal.

1.2) Características da autoridade
- habilidade: jeito, destreza, capacidade, conhecimento técnico.
A autoridade pode ser aprendida, pois se faz de conhecimento.
- influência: crédito, prestígio.
- diz respeito a quem você é, caráter;


1.3) O que é necessário para se ter autoridade?
- relacionamentos: convivência, amizade, conhecimento recíproco das pessoas.

3) A IMPORTÃNCIA DOS RELACIONAMENTOS

A autoridade prima pelos relacionamentos. Só existe autoridade aonde existem relacionamentos genuínos.
Em contrapartida, o poder corrói os relacionamentos, na medida que a imposição gera rebelião (Ex: filhos adolescentes).
Os relacionamentos devem se pautar a partir das seguintes características:
- Honestidade,
- Confiabilidade,
- Bom exemplo,
- Cuidado,
- compromisso
- Amor,
- Respeito,
- Lealdade.

Estas características são comportamentos, e comportamentos são escolhas.
Então o desafio para quem quer ter autoridade é escolher as coisas certas e se esforçar para alcança-las.
Isto requer mudança de hábito, e não existe pessoa melhor para nos espelharmos do que Cristo.

4) CRISTO TINHA PODER E AUTORIDADE

4.1) De onde vinha o poder de Cristo?
- Do pai (Mt. 24:30 – “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”.)


4.2) De onde deve vir o nosso poder?
- De Cristo (Cl. 2:10 – “-e, por estarem nele, que é o Cabeça de todo poder e autoridade, vocês receberam a plenitude.”)
- Do espírito Santo: (“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”.)

4.3) De onde vinha a autoridade de Cristo?
- Do Pai – (“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra”.)
- De sua vida (Hb. 4:15 – “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”.)

4.4) De onde vem nossa autoridade?
- De Cristo (Mc. 16:19 - “Eis que vos dei autoridade para pisar serpentes e escorpiões, e sobre todo o poder do inimigo; e nada vos fará dano algum.”).
- De nosso comportamento na comunidade:
· Mt. 20:26-27 - “Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo”.
· Mt. 12:50 – “Pois qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe”.

5) Conclusão: Para que poder e autoridade?

- Para influenciar o mundo: Mt. 28:18-20 - “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.
- Para influenciar os irmãos: Mc. 10:43-45 – “Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva; e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos. Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos”.

A VERDADEIRA BÊNÇÃO DE DEUS
Nm. 6:22-27
“Disse o SENHOR a Moisés: Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel e dir-lhes-eis: O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o rosto e te dê a paz. Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei.”


Todos buscam bênçãos! Esta premissa é verdadeira, na medida em que em todos os templos de nosso país vemos homens e mulheres, de todas as idades, classes sociais, indistintamente, clamando a Deus por uma resposta a suas aflições.
Problemas mais diversos são apresentados a Deus em busca de uma solução. Muitas vezes, a resposta vem. Outras, não. Por isso, muitos se perguntam: O que, verdadeiramente é a bênção de Deus?
Este texto, que é conhecido por muitos, relata sobre a bênção sacerdotal, dada por Deus a Moisés, para ser aplicada a todo o povo de Israel. Ela é diferente de tudo aquilo que nesses se entende por bênção.
Por isso, faz-se necessário entender este conceito bíblico de bênção e seus efeitos nos tempos modernos, a partir deste texto bíblico.

1) Que o Senhor te abençoe e te guarde (v. 24):
O primeiro conceito que se pode extrair deste texto é que Deus é a fonte de todas as bênçãos. Ele é o abençoador. É ele que suprirá todas as necessidades humanas.
Analisando o termo abençoar, encontra-se o seguinte: “dotar de poder para o sucesso; liberar para ser bem sucedido e próspero”. Quando se é abençoado por Deus, recebe-se a capacidade de se desenvolver na vida. Não é receber bênçãos gratuitas, mas a capacidade (física, emocional e espiritual) de alcançá-las.
Além de nos abençoar, o Senhor nos guarda. Ele cuida, zela nos observa na caminhada, além de dar a capacitação, ele nunca se afasta.

2) Faça resplandecer o seu rosto (v. 25a):
Encontram-se três conceitos neste trecho:
· Aprovação: o brilho do rosto pode significar estar alegre em relação a alguém. Em Ne. 8:10B diz: “a alegria do Senhor é a nossa força”. Um grande sinal de ser abençoado é conquistar a aprovação de Deus em sua vida.
· Proteção: pelos caminhos da vida, que são tenebrosos, faz-se necessária a iluminação de Deus aos nossos passos. Ele é o Sol da justiça, é a luz que dissipa as trevas.
· Expressão de Amor: face resplandecente também pode significar uma expressão de amor, na medida em que, o amor ilumina o homem. Assim, quando Deus resplandece sua face sobre o homem, demonstra o quanto Ele o ama, e por isso, concede ao indivíduo a resolução para todas as suas necessidades.

3) Tenha misericórdia sobre ti (v. 25b):
Misericórdia é equivalente à graça (favor imerecido). Em Deus, tem-se tudo aquilo que é necessário para a subsistência:
- coisas boas (Bênçãos): concessão de todas as coisas para realização plena do homem;
- coisas ruins (provações): dificuldades permitidas por Deus para o amadurecimento do homem frente à vida.
O maior benefício (graça) que Deus dá ao homem é o de aprender a viver a partir de sua experiência, através de seus erros e acertos.
Muitos não entendem o porquê das dificuldades. Mas, ao transcorrer de cada problema, o homem amadurece, cresce como indivíduo, mesmo que muitas vezes sem perceber.
Esta é a misericórdia de Deus: permitir e auxiliar no desenvolvimento integral do ser humano através de suas próprias experiências.

4) Levante o seu rosto (v. 26a):
Rosto aqui pode significar tanto a face de Deus quanto a presença de Deus.
Deus volta a sua face aos seus filhos para lhes fazer o bem. Isto mostra que Deus se importa com o bem do homem.
È Deus que se revela. Ele está sempre presente para aqueles que o buscam.

5) E te dê a paz (v. 26b):
A palavra bíblica neste texto para paz (Shalom, em hebraico) significa: ausência de discórdia, segurança, retidão, término, cumprimento.
A Paz de Deus é completa. Quando alguém recebe a paz de Deus, não precisa de mais nada.
A paz, entre os povos semíticos (do AT.), era declarada quando duas tribos ou nações acordavam, através de alianças, que não guerreariam entre si. A partir deste acordo de não-confronto, a paz estava alcançada.
Assim, paz era provisão de uma aliança. Por isso, só tem a genuína paz aqueles que possuem uma aliança com Deus.

6) Porão o meu nome sobre os filhos de Israel (v. 27a):
Nome naquela época não era apenas um título, significava presença, poder e bênção.
O cristão deve ser reconhecido como “Aquele que tem o nome de Deus”.
O nome era também a declaração do caráter do indivíduo. Por isso, aquele que tem o nome de Deus em sua vida é o indivíduo que possui o caráter de Deus em si.

7) E Eu os abençoarei (v. 27b):
Aquele que é:
- guardado por Deus;
- tem o brilho do rosto do Senhor sobre Ele;
- goza da paz divina;
- tem o nome do Senhor sobre Ele;
- Este sim é um abençoado, um agraciado por Deus.

8) E como alcançar estas bênçãos?
Se quisermos gozar das bênçãos dadas a Deus ao povo de Israel, devemos buscar uma ligação entre o povo de Israel e os outros povos.
Esta ligação é feita por Jesus Cristo, que veio a esta terra e cumpriu as promessas do Senhor, inclusive a que está em Gn. 12:3: “abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra”.
Para se receber estas bênçãos, é necessário então, caminhar verdadeiramente com Cristo.

Então, por que não começar a ser abençoado agora?