quinta-feira, 30 de outubro de 2008

ENTENDENDO O QUE É SER DISCÍPULO - Mc. 1.14-20

Jesus iniciou seu ministério sozinho.
Proclamava a chegada do Reino de Deus e, assim, reuniu em torno de si doze discípulos, escolhidos dentre diversos que o seguiram.
A pergunta, ao analisar essa cena é: o que fazia esses homens e mulheres seguir uma pessoa desconhecida? Por que, pelo simples ouvir de uma mensagem, pessoas abandonavam suas vidas em prol do seguimento de um homem?
Vale aqui ressaltar que era prática comum em Israel grandes sábios terem seus seguidores, desde os profetas antigos. Eliseu possuía sua escola de profetas, Jeremias era acompanhado por seu servo e escriba Baruc. Os fariseus possuíam seus discípulos, assim como João Batista.
Em Israel existia a cultura de se viver em torno de um sábio, para aprender seus ensinamentos e divulgá-los nas comunidades. O discípulo largava sua vida comum e vivia diariamente aos pés de seu mestre, aprendendo e vivendo o que aprendia.
Com Jesus não foi diferente. Seus discípulos, após serem chamados, largaram suas vidas e passaram a viver e aprender do mestre. Da mesma forma nós, hoje, precisamos compreender o mistério do “ser discípulo” se quisermos desfrutar de tudo o que Cristo pode oferecer.

1) O que é discípulo?
Um discípulo é alguém que segue outra pessoa ou um estilo de vida. Um discípulo se submete a disciplina ou ensinamento do líder ou do estilo.
Na bíblia, o termo discípulo é quase sempre encontrado nos evangelhos e no livro de Atos. No Velho Testamento às vezes a palavra é traduzida como "aprendeu" e "ensinou". Onde quer que tenha um professor e pessoas sendo ensinadas, há a idéia de discipulado está presente.
Nos evangelhos, os seguidores mais íntimos de Cristo são chamados de discípulos. Os doze foram chamados pela autoridade de Jesus em circunstâncias variadas. No entanto, todos aqueles que aprovavam os seus ensinamentos e estavam engajados a ele eram são chamados de discípulos. O chamado desses discípulos aconteceu numa época em que outros professores tinham os seus discípulos. Os mais notáveis eram os fariseus (Marcos 2:18; Lucas 5:33) e João Batista (Mateus 9:14).

2) Características de um discípulo
· Ter um mestre
o O discípulo não escolhe um mestre. É escolhido, chamado.
o Todos nós recebemos um chamado de Cristo para sermos seus seguidores.
o Precisamos aceitar esse chamado e reconhecer a Cristo como nosso único mestre.
· Ser ensinável
o A partir do reconhecimento de Cristo como nosso mestre, precisamos receber seus ensinamentos.
o Receber esses ensinamentos não é somente ouvi-los, mas compreendê-los como verdade única e real para vida do discípulo.
o As verdades aprendidas através do mestre devem transformar a vida do discípulo. VOCÊ TEM SIDO TRANSFORMADO PELOS ENSINAMENTOS DE CRISTO?
· Reproduzir os ensinamentos do mestre
o O bom discípulo não guarda só para si o que aprende, mas transmite a outros o que aprendeu, através de proclamação e atitudes.

3) Quem é nosso mestre?
Aqui, precisamos desenvolver uma breve reflexão. Quem tem sido nosso mestre? De quem temos aprendido o que praticamos em nossa vida?
Muitas vezes, a mídia, a sociedade, os amigos, têm sido nossos mestres, nossos centros de influência, aqueles que moldam tanto nossas praticas quanto nossos discursos.
Para conhecermos quem é nosso mestre precisamos reconhecer aonde temos lançado nosso tempo, nossa mente, nossa vida.

4) Vivendo como discípulos hoje.
· Vivendo o que se aprende
o Precisamos não só ouvir, mas viver a partir daquilo que temos aprendido.
· Comunicando o que se aprende
o Da mesma forma, discípulo é aquele que fala aos outros daquilo que se aprende com o mestre.
o
VOCÊ TEM SIDO DISCÍPULO DE JESUS? SE NÃO, HOJE É O DIA. ELE TE CHAMA.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O EVANGELHO - I Co. 15.1-4

O termo Evangelho significa boa notícia, boa nova.
Era palavra utilizada para designar uma mensagem de vitória, além de mensagens pessoais e políticas que traziam alegria.
Quem levava a mensagem era o mensageiro, que vibrava com a mensagem proclamada.
Para compreendermos o impacto do Evangelho na vida humana, podemos entendê-lo através desse exemplo:

O Evangelho também pode ser designado como Doutrina. Doutrina é exemplo, explicação. Dessa forma, as novas devem também ser entendidas, para serem plenamente vividas.
Quais então, são as novas do Evangelho?

1) EXISTE UM DEUS VIVO
Deus é vivo e criou os céus e a terra (At. 14.15).

2) O REINO DE DEUS CHEGOU
Deus governa; Ele é soberano (Is. 52.7).

3) JESUS MORREU PELOS NOSSOS PECADOS
A vinda de Jesus foi a dádiva do Salvador, para morrer por nossos pecados (I Co. 15.1-3).

4) JESUS RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS
A ressurreição é a autenticação da obra de Cristo (I Co. 15.17).

5) NÃO ESTAMOS ÓRFÃOS
Jesus sobe aos céus, mas envia o Espírito Santo. Ele é a garantia da comunhão com Deus (Jo. 14.17-18).

6) VIDA ETERNA
A obra de Cristo tem por objetivo adentrar-nos à vida eterna. Vida eterna é vida com Deus.
O ápice do Evangelho é a vida com Deus. É a reconciliação do ser humano com Deus, para que este ser humano desfrute de toda comunhão com seu Pai celestial.

7) CONCLUSÃO
O Evangelho canaliza toda obra de Cristo em prol da relação do ser humano com Deus.
Se você não desfruta dessa verdade, não vive o Evangelho.
Viva o Evangelho, e deleite-se com tudo o que Jesus conquistou por nós.

sábado, 11 de outubro de 2008

FRUTIFIQUE ONDE DEUS TE PLANTOU - Gn. 49.22-26

A nossa fé não se resume a um conjunto de regras e dogmas, é bem mais que isso, é um relacionamento íntimo e profundo com Deus, que é desenvolvido por meio da própria palavra d’Ele.
Nesse relacionamento com Deus, compreendemos que nossa vida e nossas relações podem ser descritas como grandes campos, nos quais o Senhor, conforme a sua vontade nos planta.
Como Deus é o jardineiro, ele sabe qual planta melhor se identifica e melhor frutifica em determinado solo, em determinadas condições. Deus prepara o solo, limpa, ara, aduba e planta. Não é função da planta questionar: “Ah! Eu queria que o Senhor tivesse me plantado num pomar mais bonito”. A nossa função, como planta, é frutificar, independente de onde fomos plantados.
Olhe os lugares aonde José foi plantado:

1) Escravo no Egito:
· José serviu na casa de Potifar, e teve chance de obter mais benefícios, se mantivesse um caso com a esposa de seu senhor.
· Mesmo com essa possibilidade, José escolheu frutificar.

2) Preso
· José foi preso devido à mentira da mulher de Potifar.
· Tinha tudo para se entristecer e murmurar.
· Mas ele escolheu frutificar.
· Nas celas, todos o respeitavam e reconheciam nele uma árvore frutífera.

3) CONCLUSÃO
Durante toda vida, José escolheu florescer. Muitas vezes pensamos: “Quando eu estiver no trono, eu vou florescer”. Mas José, no fundo do poço, como escravo, preso, não deixou de frutificar.
A nossa vida é feita de escolhas. Muitas vezes, não obtemos nem uma segunda chance. Temos apenas o dia de hoje para viver, e eu vou escolher frutificar onde Deus me plantou neste dia. E você?
EU VOU FRUTIFICAR ONDE DEUS ME PLANTAR. SEJA ONDE FOR QUE ELE ME PLANTAR, NÃO FICAREI RESMUNGANDO, CHATEADO, DEPRIMIDO. EU VOU FRUTIFICAR, PORQUE ESTOU JUNTO À FONTE”.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ezequiel (Deus é Fortaleza) era sacerdote na época da deportação do povo de Israel para Babilônia, em 597ª.C.foi assentado às margens do rio Quebar, a uma distância aproximada de 800km de Jerusalém. Ali ele teve uma visão que mudou a sua vida, e inaugura seu ministério profético.
Ezequiel profetizou durante 23 anos, apresentando ao povo consolo, chamado ao arrependimento e esperança da restauração de Israel, de Jerusalém, do templo. Várias visões são descritas por Ezequiel.
Uma delas é a visão de um rio que brota do altar do templo, sai por sua porta e alcança até o mar morto. Conforme ia se distanciando do templo, o rio tornava-se mais largo e profundo, chegando ao ponto de só ser atravessado a nado.
Essa visão dada ao profeta Ezequiel apresentou algumas verdades a Israel, naquele período e apresenta também a nós, brasileiros, 2600 depois, que são importantíssimas para nossa caminhada diária com Deus.

1) O Rio de Deus brota do próprio Deus.
· O Templo era considerado a Casa de Deus;
· O Rio brotava do altar, lugar de sacrifício, de salvação;
· Jo. 7.38-39 (“Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva". Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Jesus ainda não fora glorificado)
· O Rio é símbolo do Espírito Santo, que brota na vida do crente que vive no altar (Rm. 12.1).
· Para o rio de Deus fluir em nós, devemos estar no altar.

2) Quanto mais o rio corre, mas cresce.
· A visão de Ezequiel nos mostra algo além: o Rio não só fluía, mas crescia em tamanho e profundidade.
· Quanto mais o rio corria, mais crescia.
· Não basta ter o fluir do rio; tem-se buscar crescimento e profundidade.
· Quando buscamos as profundezas de Deus, achamos algumas fáceis de entender, como as águas nos tornozelos; outras mais difíceis, exigindo uma busca mais profunda, como as águas nos joelhos e cintura; outras que fogem do nosso alcance, nada nos restando senão admirar sua profundidade.
· Não podemos nos contentar com a água: precisamos ir mais fundo.

3) A função do Rio é produzir vida.
· Por onde o rio passava, produzia vida.
o Árvores frutíferas, animais e peixes passaram a viver por causa do rio.
· Até o Mar morto produz vida, devido o encontro com o Rio de Deus.
· Só a vida verdadeira no crente que se deixa levar pelo Rio de Deus.

4) Quem não vive no rio, não desfruta da vida, mas “vive na morte”.
· Ezequiel também narra sobre charcos e pântanos, que não seriam saneados pelo Rio.
o Pântano e charco são águas rasas, paradas e barrentas.
· A água que não corre que não flui que não produz vida será deixada para o sal, símbolo daquilo que não vive (Ex. Mar Morto).
· O crente que não vive no Rio de Deus, viverá de águas paradas, barrentas e sem vida.

5) CONCLUSÃO
· Deus nos conclama para permitirmos que seu Rio flua de nós, para que vivamos a cada dia uma vida mais profunda em sua presença, produzindo vida e não morte.