domingo, 28 de outubro de 2007

REFORMA, UMA NECESSIDADE VITAL - TEXTO: Ne. 2.11-20

Em Israel era tempo de pós-exílio.
Jerusalém estava em ruínas. Neemias (Javé Consola) foi despertado por Deus no exílio a voltar a Jerusalém para realizar uma reforma estrutural e espiritual em sua terra.
Nesses tempos modernos, o estado de nossa sociedade é bem parecido com a Jerusalém dos tempos de Neemias. Nosso mundo está em ruínas, tanto estrutural como espiritualmente falando. Por isso, precisamos entender sobre a reforma que Neemias empreendeu para que possamos aplicar estes conceitos em nossa sociedade.

1) A reforma muitas vezes tem um pequeno começo
· Um copeiro empreendeu uma reforma que Jerusalém esperava já a noventa anos;
· Na história, vários eventos conhecidos hoje como grandes marcos se iniciaram de forma pequena:
v Nessa semana se comemora 490 anos da reforma protestante;
v Essa reforma aconteceu através de um simples monge, em uma das menores igrejas da Europa, na Alemanha, um dos países de menor tradição religiosa em sua época.
· Não devemos desvalorizar os pequenos começos.

2) A reforma requer uma liderança espiritual vigorosa
· Neemias era uma pessoa entusiasmada.
· Enquanto outros viram Jerusalém e se desanimaram, Neemias via uma oportunidade de servir a Deus trabalhando em prol de seu povo.
· Qualquer mudança necessita de pessoas destemidas e ousadas.
· Lutero, apesar de sua pequenez, ousou contestar um modo de ser cristão que já perdurava por 1000 anos.
· Um grande líder necessita de coragem e ousadia.
3) A reforma precisa passar por uma avaliação profunda
· Neemias primeiro avaliou toda situação para depois agir (v. 11).
· Avaliar ajuda a entender os verdadeiros problemas que necessitam ser atacados.
· Lutero só se levantou contra os erros que viu após um tempo estudando, investigando, indo até mesmo a Roma para compreender a verdadeira situação da Igreja.
· Ação sem avaliação, sem investigação, torna-se precipitada e muitas vezes improdutiva.

4) A reforma precisa de mútua cooperação (v. 17b, 18)
· Ninguém faz nada sozinho. Neemias sabia disso e tomou três atitudes em busca da cooperação do povo:
v Tomou sua missão em uma missão de todo povo;
v Mostrou-se o primeiro a trabalhar, deu exemplo, para mover outros a agirem;
v Apresentou que quando o povo se une, Deus autentica estas ações e derrama suas bênçãos.
· Da mesma forma, Lutero só conseguiu uma mudança na igreja porque estava cercado de pessoas que o ajudaram.
· Em uma reforma bem sucedida, o TODO deve ser maior que a SOMA DAS PARTES.

5) A reforma sempre provoca forte oposição (v. 19)
· Três oposições sempre aparecem:
v Oposições internas:
§ Seu povo, à primeira vista, não acreditava em suas ações.
v Oposições externas:
§ Inimigos sempre se insurgem quando nos levantamos para cumprir a vontade de Deus.
v Propostas de associações com os inimigos:
§ Uma das estratégias dos inimigos é fazer com que nos associemos a eles.
§ Nessa hora, o discernimento espiritual é importantíssimo.
· Neemias e Lutero passaram por esses mesmos problemas.
· Só a confiança em Deus ajuda a não cair nessas ciladas.

6) A reforma necessita da bênção divina e do trabalho do homem (v. 20)
· A bênção divina é a base para qualquer reforma empreendida por nós.
· A soberania de Deus não elimina a responsabilidade humana.
v Sabemos que Deus tem seus propósitos e vela por cumpri-los;
v Isso não pode servir de desculpa para cruzarmos os braços e esperarmos que Deus faça o que está em nossas mãos.
· Neemias e Lutero souberam enxergar o limite entre vontade de Deus e ação humana. Por isso se tornaram ícones reformadores no cristianismo.

7) CONCLUSÃO

Alguns princípios podem ser tirados aqui para nossas vidas:
· Avalie antes de agir;
· Dê exemplo antes de conclamar outros;
· Dependa de Deus;
· Resista seus inimigos;
· Coloque a mão na obra porque Deus abençoará.
Neemias e Lutero são modelos a ser seguidos por nós, se quisermos fazer diferença nestes dias.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

TENHAM CUIDADO! Cl. 2.16-23

Paulo, desde as primeiras linhas da carta de Colossenses, vem alertando seus irmãos do perigo que existe em dar ouvido aos falsos mestres presentes nessa comunidade.
Viu-se que no primeiro capítulo, Paulo faz uma oração traçando três preceitos para que esta comunidade pudesse se prevenir contra estes falsos mestres. Paulo pede que os irmãos de Colossos tenham inteligência espiritual, obediência prática e excelência moral. Já neste segundo capítulo, Paulo trata daquilo que Cristo conquistou na cruz por seus filhos e como, através da obra de Cristo, podemos refutar os falsos mestres.
Dessa forma, relacionaremos três pontos que Paulo apresenta sobre como a obra de Cristo pode nos livrar dos falsos ensinamentos:

v Ninguém os julgue (Cl. 2.16,17)
Ø A doutrina dos falsos mestres consistia em uma mistura de visões angelicais, legalismo judaico, filosofia e preceitos cristãos.
§ O legalismo judaico tinha grande importância neste sistema sincrético.
§ O cumprimento de regras (religiosas) pré-estabelecidas era o ponto chave dos ensinamentos destes mestres.
§ O cumprimento das regras gerava auto-justificação.
Ø Contrapondo este ensino, Paulo apresenta que Cristo:
§ Já cumpriu todo processo de julgamento que estava sobre nós, nos libertando (v. 14, 15)
· Não devemos viver sobre o julgo da lei, mas de Cristo (Rm. 6.14 - Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça).
§ A graça é a realidade da vida em Cristo (v. 9)
· Plenitude: Pelo poder de Cristo, os crentes não estão sujeitos às ações do pecado, mas de Jesus Cristo.
· Graça é o ato misericordioso de Deus; somos reconhecidos justos por aquilo que Cristo fez, não por qualquer ação que possamos praticar.

v Não sejam impedidos de alcançar o prêmio (Cl. 2.18,19)
Ø Uma falsa espiritualidade impede outros de alcançar alvo cristão.
§ As experiências espirituais não devem servir de parâmetro para se designar o nível de comprometimento no meio cristão. Paulo apresenta o amor como este referencial de vida cristã (I Co. 13.1-2 - Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, se não tiver amor, nada serei).
§ Quem reconhece que estes falsos mestres não estão ligados a Cristo (v. 19), abandona seus ensinamentos e vivem de acordo com o que Cristo ensinou (Jo. 15.12, 13 - o meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos).

v Não se submetam às regras humanas (Cl. 2. 20-23)
Ø As regras farisaicas eram interpretações exageradas da lei.
§ Vemos o próprio Cristo mostrando nos Evangelhos que ávida era maior que as leis humanas (Mt. 12. 7, 8 - Mas, se vós soubesseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes. Porque o Filho do Homem até do sábado é Senhor).
Ø As regras humanas aparentam sabedoria, espiritualidade sadia e poder. Mas no fundo, não tem valor nenhum diante dos desafios da vida, pois são só aparência sem conteúdo (Jo. 7.24 – “Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos").

Ø Se Cristo é a plenitude de todas as coisas, ele deve ser o nosso exemplo. Se Cristo é o exemplo, devemos viver como ele viveu: Fp. 2. 5-8 - Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz!

v CONCLUSÃO
Cristo deve ser o nosso modelo de vida, e não os ensinos de falsos mestres que desviam vários da verdade através de ensinamentos que nada têm a ver com o Evangelho.
Para nos ver livres destes falsos ensinos, é necessário que Cristo seja o cerne, o parâmetro, o caminho pelo qual devemos seguir em direção à vida que Deus planejou para nós.
É importantíssimo que nesse tempo a Igreja se levante como os bereanos, que analisavam tudo o que ouviam, para aí sim, se aquele discurso você condizente com o Evangelho, desse o crédito devido (At. 17. 10,11 - Logo que anoiteceu, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia. Chegando ali, eles foram à sinagoga judaica. Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo).
Assim, que tenhamos cuidado. Que Cristo seja o nosso paradigma de interpretação de tudo que nos chegue, seja de quem quer que seja.

domingo, 21 de outubro de 2007

A tentação do ganho fácil - 2º Reis - 5 - 20 : 27

Como crentes em Jesus temos que conviver com tentações. Tentações são desejos, inclinações da nossa carne, que procedem de nossa natureza humana pecadora, que tentam nos levar a desobedecer as ordens do Criador.
Neste texto Deus nos alerta para uma das perigosas tentações a que estamos expostos.
Geazí, o servo do profeta Eliseu, acreditou que poderia facilmente lucrar, desde que corresse até Naamã, o general Sírio que acabara de ser miraculosamente curado da lepra. Munido de uma boa e comovente história, pensando estar longe da vigilância do profeta, o servo Geazi partir a encontrar a comitiva síria a caminho de volta para Damasco. Ele não tencionava obter toda a prata, ouro e vestidos que o general trouxera na intenção de presentear o profeta; somente um pouco de prata e duas vestes.
A consequência terrível que esta atitude de Geazi trouxe para si nos serve de alerta contra esta tentação a que estamos sujeitos: a tentação do ganho fácil. Cuidemos para não cometer os seguintes equívocos:

1º) Pensar que “ter” é o mais importante (v. 20)
Freqüentemente estamos sujeitos a pensar como Geazi, que o mais importante é termos a prata e as vestes, do que sermos “irrepreensíveis e sinceros” (Fp 2:15). O Senhor Jesus lidou com esta tentação quando o Diabo o levou ao alto de um monte e, mostrando-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, disse-lhe: “Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares.” (Mt 4:8 e 9). A resposta de Jesus foi que somente a Deus devemos adorar e só a Ele servir. Não importa o prejuízo financeiro ou material que isto traga, primeiro devemos buscar o Reino de Deus e a Sua Justiça! (Mt 6:33).
O servo Geazi não seguiu o exemplo de seu senhor. Corrompeu-se por causa de um pouco de prata e algumas roupas novas. Que tristeza quando um servo de Jesus abandona seu posto, sua Igreja, seu compromisso com a Obra de Deus e parte para conquistar coisas de tão menor importância, sem a bênção de Deus.
Como Geazi, muitos nem se apercebem que estão incorrendo numa falta gravíssima quando ao pecar, comprometem o nome do Senhor!

2º) Comprometendo o nome do Senhor (v. 26)
Ao voltar de sua abordagem a Naamã, Geazi deparou-se com seu senhor. Este lhe perguntou de pronto: “Porventura não foi contigo o meu coração...? Era isto ocasião para receberes prata e roupa...?” Geazi usara o nome de seu senhor para ludibriar a Naamã. De igual modo o crente tem um Senhor, Jesus Cristo e, toda vez que cai em tentação, está comprometendo o nome do seu Senhor! Por isso Jesus disse: “Ai do homem por quem o escândalo vier...” (Mt 18:7).
É assim que surgem os maus testemunhos, os escândalos. Ao invés de o Nome do Senhor ser glorificado, quando se cai na tentação do ganho fácil, o Nome do Senhor acaba por ser blasfemado! A mentira, o ludíbrio, o “jeitinho”, a desonestidade e todo ganho que podem oferecer trazem um prejuízo inestimável à pregação do Evangelho. Quanta lástima quando um filho de Deus decide utilizar os recursos característicos dos filhos do Diabo! (Jo 8:44).
O servo Geazi caiu na tentação do ganho fácil e não mediu as conseqüências de haver utilizado indevidamente o nome do seu senhor. Não pensara que seu erro traria sérias conseqüências para sua vida.

3º) As terríveis conseqüências do cair na tentação do ganho fácil (v. 27)
Geazi herdou a lepra de Naamã. O texto bíblico afirma que ele ficou “branco como a neve”. Pior, afirma que sua descendência, sua família, também foi afetada pelo seu pecado. Este é o resultado de se abandonar os preceitos de Deus, agindo como um “filho de belial”. O apóstolo Paulo escreveu sobre o “amor ao dinheiro” e afirmou que ele é “a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm 6:10).
O livro de Eclesiastes também alerta para os malefícios causados pelo “amor às riquezas”, afirmando que a pessoa que sofre deste mal nunca se fartará e, além de outros desconfortos, será desprovido do “sono do trabalhador” (Ec 5:10-12). São grandes os prejuízos para o crente que se deixa levar por esta tentação. Me chama a atenção este do verso 12 de Eclesiastes, onde afirma que “a saciedade do rico não o deixa dormir”.

CONCLUSÃO:

Cuide-se! Você, certamente, tem sido tentado à semelhança de Geazí. Resista, caso contrário, cairá (I Co 10:12). Deus mesmo está pronto a lhe dar forças para auxiliá-lo a resistir. Reconheça que não vale a pena alcançar qualquer valor sem a aprovação do Senhor das nossas vidas. Resista como Jesus resistiu: recuse-se a aceitar qualquer coisa que seja empecilho para sua vida de adoração a Deus.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

A ORAÇÃO DE UM PRISIONEIRO - Cl. 1.9-12

QUEM ERAM OS COLOSSENSES?
· Igreja na região da Ásia Menor, talvez fundada por Epáfras;
· Colossos era uma cidade perto de Éfeso, desconhecida de Paulo;
· Paulo escreve esta carta para alertar as ovelhas conduzidas por Epafras (gentios) a:
o Cuidarem contra falsos mestres;
o Abandonarem práticas pagãs e viverem a verdade do evangelho.
· Paulo inicia sua carta com uma saudação e uma oração em favor dos Colossenses, que traz alguns ensinamentos importantes para aqueles que querem se livrar de falsos mestres.

1) PEDE ENTENDIMENTO ESPIRITUAL (1.9)
· Eles já tinham nascido de novo;
· Necessitavam agora aprender mais sobre Cristo;
· Normalmente os falsos mestres enganam alguns que já estão na fé, mas não entendem as verdades do evangelho;
· Precisa-se crescer naquilo que já se tem aprendido de Deus.
o Este crescer significa entender a vontade de Deus.
· PLENO: Cheio; controlado por.
o Eles deveriam ser controlados pela vontade de Deus.
· Este entendimento não é adquirido por escolaridade, mas com dedicação na oração, leitura bíblica e santidade.

2) PEDE OBEDIÊNCIA PRÁTICA (1.10)
· Na vida cristã, conhecimento e obediência andam juntos.
· A sabedoria espiritual deve refletir na vida diária.
· Os falsos mestres pregam um evangelho que exclui obedecer; têm-se é que requerer direitos e não cumprir deveres.
· Não adianta apenas conhecer a vontade de Deus, é preciso vivenciá-la.



3) PEDE EXCELÊNCIA MORAL (1.11-12)
· O conhecimento e a obediência levam à uma conduta moral cristã.
· Esta excelência moral se manifesta devido ao poder de Deus operando na vida do crente.
· Os falsos mestres não se dão ao luxo de falar sobre conduta moral: apresenta-se apenas o desejo de crescer na vida, não se importando os meios legais os ilegais para isso.
· Sinais da excelência moral no crente:
o PERSEVERANÇA
o PACIÊNCIA (DOMÍNIO PRÓPRIO)
o ALEGRIA
o GRATIDÃO
· Toda esta conduta TEM POR FIM UMA RETRIBUIÇÃO CELESTIAL: não basta buscarmos recompensa na terra. Se for assim, seremos pessoas frustradas.

4) CONCLUSÃO

Entendimento Espiritual, Obediência prática e Excelência moral são três quesitos para que os cristãos hodiernos vejam-se livres dos falsos mestres e cumpram a vontade de Deus para estes dias.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

VENCENDO A ANSIEDADE - Fp. 4.1-9

Na época em que a carta de Filipenses foi escrita, Paulo tinha todos os motivos “plausíveis” para se preocupar. Seus irmãos Filipenses passavam por desentendimentos, além de sua execução ser iminente. Ele poderia ficar ansioso, mas não o fez! Em vez disso, explicou seus leitores o segredo da vitória sobre a preocupação.


O que é ansiedade?
• Atraídos para direções diferentes;
o A esperança puxa para um lado e os medos, para outro.
• Pode ser associada com angústia, que significa aperto.
o A preocupação afeta o raciocínio, a digestão, a coordenação motora e gera até doenças como úlceras e dores pelo corpo.
• Espiritualmente falando, a ansiedade é composta por pensamentos e sentimentos incorretos em relação a circunstâncias, pessoas e coisas.

Assim sendo, Paulo traça três ações importantes para que o cristão vença a ansiedade.

1) ORAR CORRETAMENTE (Fp. 4.6).
Paulo apresenta três palavras para descrever a oração correta:
• Oração:
• Petições ao Senhor;
• Reverência, devoção e adoração;
• A adoração demonstra a dependência a Deus.

• Súplica:
• Expressão sincera a Deus das necessidades e dos problemas enfrentados;
• Aqui os pedidos devem ser honestos e diretos;
• Aqui é o lugar de rasgar o coração a Deus.

• Ações de graças:
• Dar graças a Deus;
• Cultivar um espírito de Gratidão;
• Reconhecer as ações de Deus nos impulsiona a reconhecer as ações dos outros em nosso favor.

Conversar com Deus a respeito de tudo o que nos preocupa é o primeiro passo para vencer a ansiedade.

2) PENSAR CORRETAMENTE (Fp. 4.7, 8).
A paz envolve coração e mente. Pensamento incorretos geram sentimentos incorretos, e logo o coração e a mente vêem-se divididos e estrangulados pela ansiedade. Paulo então, descreve em detalhes as coisas em que devemos pensar como cristãos.
• Tudo que é verdadeiro:
o Pesquisas demonstram que apenas 8% das coisas que deixam pessoas ansiosas são motivos legítimos para preocupação.
o Temos que nos livrar das mentiras que pautam nossos pensamentos.
o Sempre que cremos em uma mentira, Satanás assume o controle.
• Tudo que é respeitável e justo
o O que é digno de respeito; o que é certo.
o Livrar-se de planos que necessitem de ações erradas para alcançar seus objetivos.
• Tudo o que é puro, amável e de boa fama
o Aquilo que é digno de ser comentado.
o Encher a mente de assuntos sadios, e não de “bobagens”.
• Tudo o que tem virtude e louvor
o Nada daquilo que o prejudica e rebaixa pode estar em sua mente.
o Seus pensamentos devem leva-lo ao sucesso, e não ao buraco.


3) VIVER CORRETAMENTE (Fp. 4.9).
Não é possível separar atos exteriores de atitudes interiores. A vida correta é uma condição necessária para se experimentar a paz de Deus.
Paulo cita quatro verbos para classificar o viver corretamente:
• Aprender: receber as verdades em sua mente.
• Receber: acomodá-las em seu coração como modelo de conduta de vida.
• Ouvir: escutar e praticar.
• Ver: torna-las vistas pelos outros.

O ápice para libertação da ansiedade é viver o que tem sido internalizado. Por isso se tempos relação com Deus (Oração) e refletimos sobre essa relação (pensar) conseguiremos viver as verdades aprendidas e nos livraremos da ansiedade.

4) CONCLUSÃO
Orar, pensar e viver corretamente são as armas que Paulo nos apresenta para vencermos a ansiedade. A partir dessas premissas, que vivamos estas verdades para alcançarmos a verdadeira PAZ DE DEUS.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

VIDEO SOBRE O ANIVERSARIO DO PR. JOAO NA IPEP (07/10/2007)

A CEIA DO SENHOR - I Co. 11. 17-33

1) INTRODUÇÃO

Aproveitando o ensejo de hoje ser o dia da celebração da ceia do Senhor, gostaria de explanar aos irmãos nesta noite um pouco sobre este especial sacramento deixado pelo Cristo a nós, que muitas vezes tem tido o seu verdadeiro significado deixado de lada por muitos de nós.

Para iniciarmos, gostaria de fazer uma breve reconstituição da instituição da Ceia por Cristo:
Mc. 14:22-26 - E, enquanto comiam, tomou Jesus um pão e, abençoando-o, o partiu e lhes deu, dizendo: Tomai, isto é o meu corpo. A seguir, tomou Jesus um cálice e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos; e todos beberam dele. Então, lhes disse: Isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos. Em verdade vos digo que jamais beberei do fruto da videira, até àquele dia em que o hei de beber, novo, no reino de Deus. Tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras. (Mt. 26:26-29 e Lucas 22:19-20).

Jesus tomou o pão;
Jesus o abençoou;
Jesus o partiu e deu aos discípulos;
Jesus explicou o que simbolizava este pão.
Jesus tomou o cálice;
Jesus o abençoou;
Jesus explicou o que simbolizava o cálice;
Jesus o deu aos discípulos.

Paulo cita esta mesma ordem em 1° Coríntios.
É necessário também entendermos o que se passava naquela igreja para que o apóstolo os explicasse sobre a Ceia, contando que, apenas nesta carta Paulo faz citação sobre a Ceia do Senhor.

A Igreja em Corinto foi formada a princípio de uns poucos judeus e muitos gentios.
Paulo escreve 1° Co. por cinco motivos principais:
Divisões na Igreja (Facções, Partidos) – 1:10-4:21;
Abuso dos sacramentos (Batismo, Ceia) – 5:1 – 11-33;
Desordem nos cultos – 12-1 – 14:40;
Problemas Teológicos – 15:1-58;
Problemas sociais – 16:1-18.

2) Como Era realizada a Ceia

Como era de praxe, cada membro levava sua comida. Contrastando com as reuniões sociais costumeiras, ricos e pobres se juntavam nessas festas cristãs, de modo que tinha de haver considerável disparidade nas quantidades de alimento que uns e outros forneciam.
Mas, ao invés do repartirem os alimentos com todos, cada qual conservava para si a parte que tinha levado, com o vergonhoso resultado descrito no vers. 21.
E assim as tais festas, que tinham o intuito de fomentar sociabilidade, falhavam inteiramente neste objetivo, e o apóstolo a bem dizer aconselhou a suspensão delas (veja-se o vers. 22).
3) PRINCIPAIS PROBLEMAS QUE PAULO VIU NA REALIZAÇÃO DA CEIA DOS CORÍNTIOS

3.1) Falta de Comunhão na celebração
Paulo Fala dos Coríntios se preocupando em se fartarem em detrimento da condição dos outros irmãos mais pobres (1° Co. 11:20-22)

3.2) Os Coríntios não estavam discernindo o Corpo de Cristo (V. 29)
“Comer e Beber sem discernir o corpo significava simplesmente tomar o pão e o cálice, ao mesmo tempo em que tratavam seus irmãos cristãos sem amor, em pensamento ou ação”[1].
O Corpo de Cristo é muito mais do que o símbolo do pão;
O corpo de Cristo é a Igreja (Rm. 12:4-5);
“Igreja é um grupo de pessoas que se reúnem para aprender sobre Deus e adorá-Lo”[2];
Isso significa que os cristãos são o povo de Deus, especialmente quando se juntam para adoração.
“O que se condena em toda esta passagem é deixar de discernir ou formar opinião sobre o corpo (isto é, a Igreja) quanto ao seu verdadeiro valor”[3].
Quem não discerne sua posição na Igreja, não celebra a Ceia do Senhor.

3.3) A Falta de Comunhão e discernimento da Ceia influía na proclamação da Volta de Cristo
“A volta de Cristo se torna iminente quando a igreja se reúne em Comunhão”[4].
A Ceia é a proclamação da unidade cristã até a volta de Cristo – v.26; 16:22.
Hoje não se vê a mensagem da volta de cristo devido à falta de comunhão que paira sobre a Igreja de Cristo.


4) CONCLUSÃO

A Ceia é uma cerimônia instituída pelo próprio Cristo onde é manifestada a Morte e a Resusreição do Messias através da União do Corpo de Cristo (IGREJA).
Devemos analisar se realmente temos proclamado Cristo através da Ceia, ou se os mesmos problemas da Igreja de Corinto se fazem presentes nos dias atuais.
Como Igreja, nossas atitudes devem proclamar a mensagem de Paulo: 1/ Co. 16:22 – MARANATA – (Vem Senhor Jesus).





[1] BRUCE, 2003, p. 276-277.
[2] CD-Rom BIBLOS
[3] CD-ROM BIBLOS
[4] Frase citada pelo Prof. Aílton Jr. em sala de aula no dia 23/03/2006.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

5 ELEMENTOS PARA SE VENCER A CORRIDA DA VIDA

Fl. 3.12-16


Neste capítulo três de Filipenses, Paulo traça um raio X de sua vida: nos versículos 1 à 11, ele fala de sua vida pré-conversão; já de 12-16 ele chama de seu presente, de sua vida cristã; e nos versículos 17- 21, ele apresenta suas expectativas futuras.
Assim sendo, Paulo aponta cinco elementos essenciais para vencermos os obstáculos da corrida da vida, até alcançarmos a linha de chegada como vitoriosos.

1) Insatisfação (v.12-13 a)
· Paulo nunca se tinha por satisfeito em sua vida cristã. Sempre queria mais de Deus.
· Muitos cristãos falham neste primeiro ponto, pois comparam suas vidas com outros irmãos, e se acham em um grande estágio com Deus e consigo.
· Paulo não. Ele não se compara com seus irmãos, mas se compara com Cristo.
· Paulo tinha a plena consciência de sua condição e buscava melhora-la a cada dia. Não podemos nos iludir com a nossa condição de vida. Quando o anjo fala a Igreja de Sardes, diz: “tens nome de que vives mas estás morto” (Ap. 3.1).
· O primeiro elemento para transpormos a corrida da vida é a insatisfação e constante aperfeiçoamento na vida.

2) Dedicação (v.13b)
· uma coisa: está expressão aparece várias vezes nas Escrituras e traz um belo segredo para nós.
i. Jesus a disse quando falava ao jovem rico (Mc. 10.21);
ii. Quando explicava para Marta a atitude de Maria (Lc. 10.42);
iii. Quando o cego passou a enxergar (Jo. 9.25).
· Às vezes, estamos envolvidos com coisas demais, quando o segredo do progresso e nos concentrarmos em uma única coisa.
· Todo sucesso se deve à especialização. Todo atleta bem-sucedido é aquele que se especializa em uma determinada modalidade.
· O cristão deve dedicar-se a “correr a carreira cristã”. Deve viver única e exclusivamente focado naquilo que é mais importante.

3) Direção (v.13c)
· Ninguém corre olhando para trás, mas para frente.
· Não podermos ser controlados pelo passado, mas pelo futuro.
· Esquecer, neste versículo, significa “não ser mais influenciado ou afetado por algo”.
· Devemos quebrar o poder do passado sobre o nosso futuro. Nem os fracassos, nem os sucessos do passado devem nos aprisionar. Nossa vida deve ser vivida no presente, com os olhos no futuro.

4) Determinação (v.14)
· Prosseguir significa um esforço intenso.
· O atleta bem-sucedido entra no jogo para vencer.
· Devemos aqui evitar dois extremos:
i. Eu devo fazer tudo;
ii. Deus deve fazer tudo.
· Deus opera em nós para que possa operar através de nós.
· Qual é o alvo que nos pede tanta determinação? “O prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.
i. Alcançar o alvo é fazer a vontade de Deus em sua vida;
ii. Não importa qual seja o sucesso aos olhos humanos, o importante é alcançar o objetivo que Deus estabeleceu para nós.

5) Disciplina (v.15-16)
· Não basta ter disposição para correr. É necessário obedecer às regras.
· Qualquer atleta que descumpre às regras é eliminado da competição.
· Aquele que não corre segundo às normas, não é coroado.
· A Bíblia é cheia de histórias de gente que começou a corrida com grande sucesso, mas fracassou no final por não atentar para as regras de Deus.
· Vemos Ló, Saul, Ananias e Safira. Isto também pode acontecer conosco.
· Temos que vencer a corrida da vida seguindo o padrão de Deus para uma vida cristã sadia.

6) CONCLUSÃO

Cinco aços para alcançarmos o sucesso na corrida da vida: INSATISFAÇÃO, DEDICAÇÃO, DIREÇÃO, DETERMINAÇÃO E DISCIPLINA.
Hora alguma as Escrituras nos mostram que a corrida da vida é facil. Mas elas mostram sim que, Jesus está à linha de chegada, nos esperando com a coroa da vida em suas mãos, pronto para nos condecorar.
Corramos a corrida da vida como ele tem nos proposto.