quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Falando sobre humildade

Texto base: Fp. 2:1-11

Os dias atuais são dias em que as pessoas estão em busca do sucesso a qualquer custo.
Ser bem sucedido é ser famoso, rico, superstar.
Este conceito mesquinho, egoísta e falso tem permeado a igreja cristã atual, de maneira que as pessoas tem vivido e buscado em Deus estes conceitos, totalmente alheios do que Deus realmente espera do homem.
Pensando bem, se não fosse a graça de Deus, nós já teríamos sido consumidos pelo Senhor, como o Escritor de Hebreus (11:28,29) diz: Portanto, já que estamos recebendo um Reino inabalável, sejamos agradecidos e, assim, adoremos a Deus de modo aceitável, com reverência e temor, pois o nosso “Deus é fogo consumidor”.
Analisando as Escrituras, vemos um conceito totalmente diferente daquilo que se propõe hoje. Enquanto o mundo fala de sucesso, a Bíblia fala de humildade.
Humildade é uma característica básica do servo de Deus, como lemos em Filipenses.
Por isso, estudemos pois um pouco sobre a humildade.

O que é humildade?

No AT, temos a palavra hebraica anavah, que significa humildade, brandura.
Já no NT, temos a palavra grega tapeinos, que significa, modesto, humilde.
Já no dicionário, temos humildade como: modéstia; submissão; pobreza, sujeição; simplicidade.
Tentando fazer uma conceituação de humildade, podemos dizer: “Humildade é o sentimento que leva a pessoa a reconhecer suas próprias limitações; modéstia; ausência de orgulho”.
Pra que humildade?

A partir do texto de Filipenses, pode-se tirar algumas conclusões a esse respeito:

1) Viver em harmonia (paz, e amizade)
2) Ter amor e união.
3) Não viver em busca de seus próprios interesses.
4) Para viver como Cristo viveu.

Quais os benefícios de uma vida em humildade?

1) absoluta dependência de Deus.
2) Experimentação de Deus como libertador – Sl. 10:17 (Tens ouvido, Senhor, o desejo dos humildes; tu lhes fortalecerás o coração e lhes acudirás.)
3) Ser guiado por Deus – Sl. 25:9, 10 (Guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o seu caminho. Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade para os que guardam a sua aliança e os seus testemunhos.)
4) Estes são louvados por serem melhores que os soberbos – Pv. 16:19, 20 (Melhor é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos. O que atenta para o ensino acha o bem, e o que confia no Senhor, esse é feliz.)
5) Herdar o reino de Deus – Mt. 5:3 (Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.)

Como alcançar a humildade?

1) Ter num coração contrito (Quebrantado) Is. 66:2 - (Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas estas coisas foram feitas, diz o Senhor; mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra.)
2) Confiar em Deus Sl. 14:6 – (Os maus fazem com que fracassem as esperanças dos necessitados, mas estes são protegidos pelo Senhor.)
3) Temendo ao Senhor Pv. 15:33 - (Quem teme o SENHOR está aprendendo a ser sábio; quem é humilde é respeitado.)
4) Tirar proveito das adversidades da vida
a. Tg 1:2-4 (Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.)

b. 1 Pd 5:6 (Portanto, sejam humildes debaixo da poderosa mão de Deus para que ele os honre no tempo certo.)

5) Viver a vida de Cristo Fp. 2:5 – (Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,)

Conclusão:

Faz-se necessário, para contradizer a vida do mundo, viver em humildade, para que, o caráter de Cristo manifesto através de seus servos, seja apresentado a todos, através de nós.

domingo, 16 de setembro de 2007

QUANDO JESUS VEM AO NOSSO ENCONTRO NAS TEMPESTADES

Mc. 6.45-56

Jesus estava saindo de férias com seus discípulos.
Após os discípulos terem saído a pregar, João Batista ter sido morto, Jesus ordena aos seus discípulos a seguirem a viagem a barco.
Só que uma multidão os segue e Jesus multiplica pães e peixes, e os ordena (os discípulos) novamente a uma travessia a barco, agora sem Jesus.

Jesus despede os discípulos antes da multidão por duas coisas:
1) Livrá-los de uma tentação (o Evangelho de João relata que a multidão o queria declarar Rei);
2) Para interceder por eles na hora da prova.

A volta turbulenta para casa nos ensina sobre como entender e enfrentar dificuldades na vida:

1) QUANDO A OBEDIÊNCIA NOS EMPURRA PARA O OLHO DA TEMPESTADE
· A obediência levou os discípulos a uma situação de prova;
· O sofrimento é a maior escola da terra.

2) QUANDO DEUS PARECE DEMORAR
· Os discípulos passaram momentos terríveis no mar;
· O mar que eles conheciam estava incontrolável;
· Como entender a demora de Jesus neste momento?
· Jesus não os abandonara, estava orando por eles.

3) QUANDO DEUS PARECE SILENCIOSO
· Eles gritavam por socorro, mas só ouviam o barulho do mar;
· Quando Deus fica em silêncio, só ouvimos o barulho da dúvida;
· Mesmo em silêncio Jesus intercedia junto ao Pai por Eles.

4) QUANDO JESUS CHEGA ÀS TEMPESTADES DA NOSSA VIDA
· Jesus sempre vem ao nosso encontro nas tempestades da vida;
· Jesus vem ao nosso encontro sobre as águas:
· As ondas não são problemas, Jesus vem pisando sobre elas;
· Os problemas são o caminho que nos aproxima de Jesus;
· O sofrimento é a porta de entrada de Jesus.

5) A INTERVENÇÃO DE JESUS NAS TEMPESTADES DA VIDA
· Jesus vem para acalmar a nossa alma:
· A primeira palavra de Jesus foi aos discípulos, e não a tempestade;
· Jesus acalma as circunstâncias;
· Jesus vem para nos levar em segurança ao nosso destino.


6) CONCLUSÃO
· As tempestades da vida são instrumentos de aproximação entre o homem e Deus.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

FILIPENSES

At. 16. 9-12

Ø Paulo estava em viagem na direção da Ásia;
Ø Durante a noite, recebe em sonho uma revelação divina que o informava da necessidade de partir rumo à Europa;
Ø Assim, viaja em direção a Filipos, que se torna a primeira cidade européia a receber o evangelho através de Paulo.
Ø Em Filipos, Lídia se converte, a escrava é livre de um espírito mal, Paulo e Silas são presos e miraculosamente libertos e o carcereiro é salvo.
Estas questões mostram a importância dos Filipenses dentro do ministério de Paulo.
Por isso, a carta aos Filipenses é a carta mais pessoal do Apóstolo.
Uma carta escrita em tempos de prisão, para agradecer os Filipenses por sua generosidade e para alertá-los de perigos pelos quais estavam passando.
Tendo isso em mente, vamos estudar a Carta aos Filipenses:

Capítulo 1
1.1-11 – AÇÃO DE GRAÇAS PELOS FILIPENSES

Paulo, nesta primeira parte do capítulo 1, apresenta características que o alegravam quando se lembrava dos irmãos de Filipos.
É interessante notar que Paulo usa uma série de adjetivos para descrever as ações destes irmãos em favor da Obra de Deus. Assim, é importante analisarmos este trecho da carta à luz dos adjetivos paulinos aos Filipenses:

1.3-6 – Aqueles que andam juntos
Ø Cooperação (v. 5): operar junto; colaborar; ajudar.
Paulo tinha aqueles irmãos como auxiliares de todo o seu ministério.
Como aqueles irmãos ajudavam ao evangelho?
1) Apoiando o ministério de Paulo;
2) Deixando que a obra de Deus seja completa em suas vidas.


1.7-8 – Companheiros na fé graciosa
Ø Participar: fazer saber; associar-se pelo pensamento ou pelo sentimento.
Os Filipenses se engajaram naquilo para qual foram instruídos por Paulo: na graça de Deus.
Participar na graça significa se associar por razão e coração, mente e sentimento na expressão maior da graça de Deus: Cristo por nós.

1.9-11 – Quem ama ora
Ø Oração:
o Amor – (ágape) ação graciosa; dar sem espera retribuitiva.
o Conhecimento – prática da vida, experiência.
o Percepção – aprender pelos sentidos (estar apto a entender a vida como escola divina).
o Discernimento – conhecer pela mente.

Ø Efeitos:
o Puros e irrepreensíveis – genuínos, corretos.
o Fruto da justiça – Característica do reino de Deus
o Que vem de Jesus
o Para glória e louvor de Deus

Ø CONCLUSÃO
o O que fortalecia Paulo na prisão era a conduta cristã dos Filipenses.
o Este é um ponto a pensar: será que nossa conduta fortalece ou enfraquece nossos irmãos e líderes?

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

IDÉIAS ERRADAS SOBRE ADORAÇÃO

Texto Base: Jo. 4.19-24

Jesus, em uma de suas viagens de volta a Galiléia, passa pela região da Samaria, e à beira do caminho, senta-se a beira de um poço para descansar.
Neste tempo, Jesus encontra com uma mulher samaritana e, neste encontro, um diálogo entre os dois é travado, discorrendo ambos sobre vários temas, desde o simples pedido por água, passando por uma discussão sobre o reconhecimento de Jesus como profeta e a temática da adoração.
O conceito de adoração foi importante para o entendimento da mensagem do evangelho para aquela mulher. E hoje não é diferente.
Nos últimos dez anos, se falou demais de adoração em nosso país.
Influenciados por movimentos de igrejas nos Estados Unidos, Canadá e Austrália, fomos altamente abastecidos de “ondas” das mais diversas.
Infelizmente, estas ondas trouxeram um esvaziamento do verdadeiro conceito de adoração bíblico.
Primeiramente, adoração é um termo bastante profundo, exigindo longas explicações causadas por problemas em nossa língua. Vou explicar. Adorare vem do latim, significando falar com, ter comunhão com. Alguns poderiam se perguntar: Adoração é só isso ou se resume a apenas isto? É claro que não. Diferenças de língua nos fazem pensar mais profundamente sobre o significado do verbo adorar. Penso que o estudo do tema nos levaria a gastar todas as páginas existentes na internet. Não bastando o problema que temos em entender a adoração, é extremamente fácil criarmos conceitos errados sobre o assunto, o que nos leva a carregar idéias equívocas por longo tempo. Um clássico exemplo, por muitos anos imagina-se que a adoração se resume em cantar e louvar.
Da mesma forma, pensa-se que a adoração depende totalmente da música.
Faz-se necessário então, entendermos quais idéias erradas têm permeado nossa adoração e dificultado a verdadeira relação com Deus.

1) A adoração presa a locais (v. 20)
Como sabemos, não existe um lugar específico para a adoração. Não existe o lugar verdadeiro para se adorar a Deus. Muita gente comete o erro de ligar a adoração à igreja, templos, túmulos sagrados, grutas e até mesmo à cidade de Jerusalém. A conseqüência disto é que a pessoa só vai querer adorar a Deus na comunidade onde congrega ou em determinados locais. Alguns costumam chamar isto de superstição. Pessoas que agem desta maneira são supersticiosas. Jesus disse: "A hora vem quando nem neste monte, nem em Jerusalém, adorareis o Pai". Jesus quis dizer que no futuro as pessoas não teriam um lugar adorativo, como Samaria e Jerusalém.
A adoração é um estilo de caminhada, não uma ação estática e agendada.

2) Adoração não é presa à pessoas (v. 21)

Muitos cristãos agem como se apenas o pastor, o padre, o bispo, os líderes ou até mesmo os dirigentes de louvor de suas comunidades, tivessem capacidade para adorar.
Muitas vezes pensamos: "no culto desta noite vou deixar com que só o dirigente e a igreja adorem". Me parece que muitos crentes têm pensado desta maneira, querendo deixar a adoração com outras pessoas.
Devemos ter em mente que a adoração é para todos, e não para um seleto grupo de privilegiados. A adoração é para você! Não deixe de ter o teu momento de adoração a Deus por causa deste pensamento. Os discípulos se admiravam ao ver que Jesus conversava com uma mulher e ainda por cima, samaritana. Assim, cremos que religiões racistas e preconceituosas não podem ter o louvor verdadeiro. Li certa feita que Deus não possui etnias privilegiadas. Agora, sob a dispensação do Evangelho da graça, todos os povos, línguas, tribos e nações são admitidos ao culto verdadeiro!

3) Cerimonialismo (v. 23-24)

É necessário entendermos que a adoração não está presa a cerimônias. Deus é Espírito e deseja ser adorado em Espírito.
Alguns afirmam que a cerimônia visa à sensação, ela procura impressionar. Isto ocorre porque o homem adora brilho, festa, emoções, liturgia, etc. Como li nalguma publicação, o cerimonialismo se estabelece num culto rígido de gestos ensaiados.
O louvor verdadeiro não é produto fabricado por gestos sacerdotais, ou pastorais, nem nas palavras mecanizadas de orações repetitivas... Não pense que há verdadeira adoração em todos os shows gospel, eventos musicais cristãos ou gravações e lançamentos de Cds, só porque há brilho, canhões de luzes, fumaça "a la gelo seco", gestos que impressionam, ótima qualidade sonora, etc... Deus é Espírito e quer ser adorado em Espírito.
Uma idéia errada, creio que a mais recente, é de que a adoração é presa ao marketing. Como sabemos, boa divulgação resulta bons auditórios. Bons auditórios significa bons ministros. Assim a adoração vive sob domínio da divulgação e do marketing.
Aqui quero ressaltar que bons auditórios não significam que tudo está uma bênção e que há verdadeira adoração. Como sabemos Deus não procura igrejas lotadas, Ele procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade! Então adoração não está presa a marketing e divulgação.

4) Modelo certo: Espírito e em Verdade (v. 24)

4.1) Em Espírito
O termo Espírito na Bíblia é simbolizado por dois termos: RUACH (AT) e PNEUMA (NT). Nos dois casos, significam a mesma coisa: Vento.
Nas Escrituras, ser adorador é ser como vento; sem formalismo, em dependência de Deus, aquele que dá de “seu vento” ao homem (Gn. 2.7).
Adorar em Espírito é viver de acordo com o Espírito: aquele que nos convence do pecado, da justiça e do juízo.

4.2) Em Verdade
Em João, Jesus é a verdade.
Então, Adorar em verdade é viver como Jesus viveu. Andar como Jesus andou, fazer o que Jesus fazia.
Dessa forma, a adoração deixa de ser um ritual e passa a ser uma prática de vida.

Conclusão

Fujamos das idéias erradas.
Passemos a viver uma vida de adoração, que manifeste o caráter de Cristo e seja impulsionada pelo Espírito Santo.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Como vive a sociedade contemporânea sem Deus

Romanos 12.1-3



Introdução:

Você sabe está vivendo? Que mundo é esse? O que se passa? Há um processo evolutivo altamente influenciado pelo pensamento contemporâneo com múltiplas transformações, tanto proveitosas quanto danosas. É preciso como pessoa e como igreja termos consciência do mundo em que vivemos e como em Cristo Jesus podemos ser uma benção. A nossa reação deve ser a de Jesus.
Precisamos ouvir atentamente as vozes deste século, sem deixar de ouvir primeiro a voz de Jesus e da sua Palavra. Sermos de fato discípulos de Cristo no mundo atual.
A sociedade contemporânea tem buscas muito fortes que evidenciam as suas necessidades mais fundamentais e nos mostra como ela está longe da solução, sem se encontrar com o próprio Deus em Cristo. Vamos ver essas buscas.

1. HÁ UMA BUSCA POR TRANSCENDÊNCIA – Pelo superior – Pelo sublime – o espiritual.
Até certo tempo atrás, esta palavra era conhecida e comentada somente nos meios acadêmicos de Filosofia (metafísica) e Teologia. Transcendência - tinha tudo a ver com o sentido de Deus acima e fora do mundo criado ao lado da outra palavra que é - Imanência - que quer dizer o sentido de Deus presente no mundo criado. Mas hoje em dia todo mundo conhece em sentido muito mais amplo e popular a palavra transcendental (meditação transcendental). Ou seja, a busca por uma realidade suprema, que se encontra além do universo material. E por que? Por protesto contra a secularização (amar as coisas deste mundo) que ao mesmo que a sociedade gosta, também sente que lhe faz mal. Termina por entender de algum modo, que o homem não vive só de pão. E De que forma o materialismo desabou?

a) Quando vimos o recente colapso do Euromarxismo. Mais do que socialismo como ideologia político econômica, o que desmoronou mesmo foi o marxismo clássico, como filosofia que nega a existência de Deus. Era uma antítese aparentemente segura contra o Capitalismo, que também já provou não ser aquilo de que mais o ser humano precisa. Como tábua de salvação, as doutrinas do comunismo caíram por terra e não satisfizeram nem o intelecto nem as emoções. Uma frustração contemporânea.
b) Quando vimos o deserto causado pelo materialismo ocidental. O secularismo, em sua expressão capitalista, ou como na sua expressão comunista, não conseguiu mais satisfazer o ser humano. Essa "cocacolonização" do mundo contemporâneo, gerou uma claustrofobia psíquica, como diz Theodore Roszak em seu livro - Onde termina o deserto - . Ele diz que essa tentativa da ciência de querer explicar todas as coisas, de desfazer todos os mistérios, resultou nessa frustração. A ciência, diz ele, só consegue medir apenas uma parcela daquilo que o homem pode conhecer. Sem transcendência, as pessoas murcham. Verdade
c) Quando vemos uma epidemia do abuso de drogas. Seja por frustração político social, seja ideológica, seja por meio de seitas exóticas. Em alguns meios seja a ser usada de forma sofisticada e intelectual. Seja nas camadas baixas por seus motivos e nas altas por outros motivos próprios, o ser humano está tentando desta forma distorcida achar o transcendental que lhe é inerente. Mas o lugar está errado, sem dúvida.
d) Quando vemos no mundo inteiro, uma proliferação dos cultos religiosos. Nesses últimos anos se tornou um fascínio a sociedade ser atraída por novas e exóticas religiões e seitas no mundo inteiro. Ressurgimento de crenças orientais ou novas formas de cultuar, como busca humana pelo transcendente. Na Inglaterra pelo menos 800 novas seitas tem sido registradas e nos Estados Unidos, segundo o conhecido escritor Alvin Tofler, mais de 1000 novas seitas levaram a novos cultos mais de 3 milhões de norte americanos. Dentre eles o maior absurdo religioso que foi a seita de Jim Jones, em San Francisco, com o suicídio coletivo no Templo do Povo em 1978. Mas no Brasil é só visitar o Planalto goiano e pedir ao guia de turismo que leve você para conhecer os templos religiosos que ali existem nos últimos 20 anos (!)

2. HÁ UMA BUSCA POR SIGNIFICÂNCIA
Nesses últimos tempos, existe muita coisa que além de sufocar o nosso senso de transcendência, reduz também, quando não destrói, o nosso senso de significância pessoal, que é nossa convicção de que a vida tem algum sentido. Vamos ver isso agora:
a) Vejamos o efeito da Tecnologia – Quem pode viver sem ela hoje? Ela de fato é de algum modo libertadora, mas de vários outros modos de ver é também escravizadora. Faz com que valorizemos mais maquinas do que pessoas. Ouvimos diariamente declarações como: "não posso mais viver sem ar condicionado" – ou celular – o computador, etc. . Ela é de fato deshumanizante também e leva pessoas a se sentirem mais como coisas, objetos, do que pessoas. Somos identificados hoje muito mais por números do que por nosso próprio nome. Somos números e senhas dentro de computadores.
b) Vejamos o efeito do Reducionismo Cientifico – Temos lido e visto certos cientistas do nosso tempo, de diferentes disciplinas, afirmarem que o ser humano não passa, por exemplo, de um animal, como diz Desmond Morris que o homem é um “ macaco despido” . Outros dizem que somos nada mais do uma máquina programada para produzir respostas automáticas diante de estímulos externos. De tal modo que expressões também se tornaram comum para simplificar essas fórmulas de expressão. Dizemos hoje: “ isso não é nada mais nada menos do que..." , ou "nada mais que", é uma expressão reducionista. A criatura de Deus não é assim tão simples. Somos imagem e semelhança de Deus.
c) Vejamos o efeito do Existencialismo .Ele tem tido o efeito de diminuir o senso de significância das pessoas. Podemos dizer que os Existencialistas Radicais diferem dos humanistas no fato de que para eles, Deus está morto e tudo mais morreu com ele. Se Deus não existe, dizem eles, não existem mais valores, nem ideais, nem leis, nem padrões, propósitos nem significado. Embora eu exista, dizem eles, mesmo assim, não existe em mim nada de profundo significado, a não ser a minha decisão de buscar a coragem de ser. Que coisa triste tudo isso! Negaram a Deus e a Bíblia e deu nisso.
d) Vejamos o efeito da proposta do EVANGELHO, puro e simples, a Bíblia. Aqui os seres humanos são valorizados como pessoas, em virtude do seu valor intrínseco e vistos como imagem e semelhança de Deus. São valorizados por causa dos bons propósitos divinos para conosco, e aí tudo muda. Homens, mulheres e crianças são honrados, enfermos cuidados, idosos são capacitados para viver e morrer com dignidade. Dissidentes ouvidos, prisioneiros reabilitados, minorias protegidas, oprimidos libertados, salário digno e trabalhadores valorizados. Por que isso? Porque para Deus as pessoas valem como dádiva de Deus.

3. HÁ UMA BUSCA PELA COMUNHÃO ENTRE AS PESSOAS
a) Esta sociedade contemporânea e tecnocrata, adoradora da tecnologia, que destrói a transcendência e a significância, destrói também a comunhão. É isso que havia no Éden, antes do pecado. Comunhão com Deus. Não há dúvida de que vivemos numa era de desintegração social. As pessoas acham hoje, tremendamente difícil se relacionar com as pessoas, mesmo na relação conjugal e paterno-filial. Nós continuamos procurando o amor de forma subjetiva, quando ele devia ser praticado objetivamente. Temos um mundo sem amor. Cristo é o nosso padrão.
b) Vimos aqui a tríplice busca em que estão engajados os seres humanos porque tem consciência, mas talvez não sabem como achar a saída .Mas sabem que estão precisando de transcendência – significância e comunhão. E se esforçam de todos os modos em busca. Nós que cremos no Evangelho de Cristo, temos certeza que é o que precisamos já está a disposição de todos, e que é pela obediência e certeza em Cristo que vamos achar essas respostas e bênçãos e anunciar tudo isso com as nossas vidas aos nossos amigos.
c) As empresas sentem isso hoje, a nível de melhor funcionamento, rendimento e aumento de lucros; é inerente essa necessidade a ser suprida em administração hoje. A qualidade total, passa pela qualidade de vida da pessoa também e como ela está (por dentro) enquanto trabalha.
d) As Igrejas sentem também essa necessidade, ainda que laborando com uma proposta de vida cotidiana pela fé, sentem-se traídas nesse objetivo quando com freqüência a comunhão é quebrada, seja por egoísmo, vaidade pessoal, prepotência e individualismo.
e) A questão final é se a igreja pode ser tão profundamente renovada pelo Espirito Santo e pela Palavra de Deus para oferecer uma experiência de transcendência através da sua adoração, de significância através do seu ensino e de uma comunidade modelar por meio da sua comunhão, como verdadeiro Laboratório De Amor. De modo a todos que lhe rodeiam possam ver em Cristo como resposta a todas essas perguntas. Cremos que sim.

Elias Teodoro
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